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Greves de servidores perdem força depois de Bolsonaro indicar que não dará reajuste este ano

Servidores do Tesouro e da CGU votaram pelo fim das greves nesta semana

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Por Antonio Temóteo
Atualização:

BRASÍLIA - As greves de servidores por aumentos salariais perderam força após o presidente Jair Bolsonaro afirmar na última terça-feira, 7, que reajustes devem ser concedidos apenas em 2023.

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Os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) votaram pelo fim das greves no mesmo dia. O presidente do Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira, que representa as duas categorias, afirmou que o calendário eleitoral, por uma imposição legal, trava a recomposição das perdas para os 1,2 milhão de servidores civis federais.

“Mas a pauta e a mobilização da carreira de Finanças e Controle permanecem, sendo seu conteúdo, o respeito aos servidores e às instituições, essencial ao processo necessário de reconstrução da gestão pública e do país”, disse.

Os servidores do Banco Central, única categoria em greve, decidiu reduzir o pleito de reajuste, de modo a tentar avançar nas negociações nesta reta final Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, declarou que a condução da campanha salarial pelo governo foi desastrosa.

“Em seis meses de campanha, não foi instalada uma mesa negocial no âmbito do Ministério da Economia. Essa postura, inédita, de fechar as portas para o diálogo com o funcionalismo, escancarou a ausência de uma política remuneratória. Bolsonaro será o único presidente da República em 20 anos a não recompor de forma linear o salário dos servidores”, afirmou.

Os servidores do Banco Central, única categoria em greve, decidiu reduzir o pleito de reajuste, de modo a tentar avançar nas negociações nesta reta final, com o prazo de 2 julho para concessão de um aumento pelo governo. 

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede crescimento de despesa com pessoal nos 180 dias que antecedem o fim do mandato presidencial. Agora, a demanda é por reajuste de 13,50%, contra 27% antes, que representava a recomposição das perdas inflacionárias desde 2019.

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