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Grupo Odebrecht demite nos 3 pólos e inicia estruturação da Braskem

Por Agencia Estado
Atualização:

Trabalhadores das unidades da OPP Química e da Trikem, ambas indústrias químicas controladas pelo Grupo Odebrecht, temem o aumento das demissões nas empresas. Segundo diretores dos sindicatos representativos em Alagoas, Bahia e Rio Grande do Sul, de janeiro para cá ocorreram cerca de 90 demissões. "Já é a estruturação da Braskem que está provocando isso. Com certeza virão mais demissões", avalia o diretor do Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe, Marcondes Torres Machado. A Braskem será a nova denominação da central petroquímica nordestina Copene, após a integração de seus ativos com outros do setor controlados pelos grupos Odebrecht e Mariani. Quando há uma fusão de empresas, vários cargos operacionais, administrativos e de diretoria acabam duplicados. Segundo fontes do mercado, o quadro de 3.600 funcionários da Braskem será reduzido em 10%, o equivalente a 360 demissões. A nova empresa será formada por OPP Química, Polialden, Trikem e Nitrocarbono integradas à Copene que, por sua vez, já agregou a Proppet. Outras ligações de empresas com a Copene, porém parciais, serão efetivadas com a Politeno e a Copesul, central de matérias-primas do pólo petroquímico de Triunfo (RS). O presidente do Sindipolo, sindicato de Triunfo, Carlos Eitor Machado Rodrigues, afirma que de janeiro a junho aconteceram 17 demissões nas unidades da OPP Química, e outras 30 foram efetivadas de 27 de maio em diante. "Se o Grupo Odebrecht adquirir a Ipiranga Petroquímica (IPQ), o cenário de emprego ficará pior ainda", considera o sindicalista. O diretor do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, Carlos Itaparica, afirma que nos últimos 15 dias foram demitidos 22 trabalhadores das fábricas da OPP Química e da Trikem, no pólo petroquímico de Camaçari (BA). Leia mais sobre o setor de Química e Petroquímica no AE Setorial, o serviço da Agência Estado voltado para o segmento empresarial.

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