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Guedes diz que pode desistir de imposto sobre transações digitais nos moldes da CPMF

Ministro da Economia afirmou, em entrevista à CNN, que novo imposto não bancará o Renda Cidadã 'de jeito nenhum' e que não 'existe aumento de imposto'

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 15, que pode desistir da criação de um novo imposto sobre transações digitais, nos moldes da antiga CPMF. Em entrevista à CNN, ele afirmou que o novo imposto não bancará o Renda Cidadã, programa em estudo para substituir o Bolsa Família, "de jeito nenhum".

"Não tem aumento de imposto, não existe aumento de imposto", afirmou. "A mídia, por exemplo, quer desonerar a folha [de pagamento], não quer? Esse imposto só entraria se fosse pra desonerar. Talvez nem precise, talvez eu desista."

Paulo Guedes, ministro da Economia de Jair Bolsonaro Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Na quarta-feira, 14, porém, Guedes havia defendido a criação do imposto sobre transações e acusou a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) de ser contra a iniciativa "porque quer beber água onde os bancos bebem".

"Eu acho que os bancos vão acabar usando também. Porque os bancos já cobram uma CPMF hoje. A Febraban é que mais subsidia e paga todos os economistas brasileiros para dar consultoria contra esse imposto, mas a Febraban está fazendo isso porque querem beber água onde os bancos bebem. Os bancos bebem essa água", disse o ministro na quarta, durante o 10º Seminário de Administração Pública e Economia, promovido pelo IDP.

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