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Guedes se reúne com líder do governo na Câmara para ajustar proposta de reforma tributária

Ministro da Economia disse que ele está "ultimando os preparativos" dessa que será a segunda etapa da reforma tributária; proposta será enviada para comissão mista da Câmara e do Senado

Por Breno Pires
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, se reuniram neste sábado, 26, para discutir ajustes na proposta de reforma tributária que o governo pretende encaminhar ao Congresso nos próximos dias. Segundo Barros, ainda há alguns pontos pendentes que precisam ser validados pelo presidente Jair Bolsonaro, mas na segunda-feira a proposta já estará fechada para uma rodada de discussão com os líderes da base governista no Congresso.

"Só será anunciada a solução que já tiver passada pelo crivo do presidente e senhores líderes da base do governo, porque isso dá uma maior previsibilidade na aprovação da matéria", disse Ricardo Barros, que voltou a afirmar que não haverá aumento na carga tributária.

Paulo Guedes, ministro da Economia de Jair Bolsonaro Foto: Gabriela Biló/ Estadão

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Ao seu lado, Paulo Guedes disse que eles estão "ultimando os preparativos" dessa que será a segunda etapa da reforma tributária. A proposta será enviada para comissão mista da Câmara e do Senado. 

Guedes defende a desoneração da folha de pagamento (a redução nos encargos que as empresas pagam sobre os salários dos funcionários) para a criação de empregos.

Uma das propostas em discussão é aprovar um novo tributo temporário para começar a desoneração da folha. 

Como mostrou o Estadão, embora a insistência de recriar um imposto nos moldes da CPMF seja rejeitada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), líderes do governo negociam a apresentação da proposta de um tributo sobre transações digitais com cobrança semelhante ao extinto tributo. Também foi discutida na reunião neste sábado a Proposta de Emenda Constitucional do Pacto Federativo, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), em relação à qual o governo ainda não conseguiu construir um acordo.

Paulo Guedes citou os problemas de emprego e renda acentuados na pandemia de covid-19 ao afirmar que, com o fim do auxílio emergencial previsto para dezembro, o governo busca um novo programa. "Nós precisamos de um programa social a partir de primeiro de janeiro. Estamos discutindo ainda entre nós, o presidente não gostou de algumas características, então estamos reestudando o tema", disse Guedes.

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É na proposta do pacto federativo que o governo deseja incluir as bases do novo programa social para substituir o Bolsa Família. Conforme o Estadão publicou, o relatório deverá conter medidas de desindexação (retirar obrigatoriedade de dar reajustes) e desvinculação (retirar os “carimbos”) do Orçamento.

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