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Guerra comercial deixa mercados globais na defensiva; no Brasil, foco está na Previdência

Temor de que conflito entre Estados Unidos e China se prolongue afeta Bolsas na Europa; Senado começa a discutir as mudanças nas aposentadorias

Por Luciana Xavier , Silvana Rocha e Sergio Caldas
Atualização:

A semana começa com os mercados internacionais cautelosos diante da disputa comercial entre Estados Unidos e China e atentos à crise na Itália em meio a sinais de colapso da coalizão governista no país. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira não estar pronto ainda para fechar um acordo comercial com a China e alertou que discussões bilaterais previstas para setembro poderão não acontecer. 

No Brasil, as atenções estão na reforma da Previdência e no pacote de medidas para ajuste fiscal que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode anunciar nesta semana, que incluiria uma proposta de reforma tributária, um programa de privatização e medidas administrativas. 

O índice sul-coreano Kospi avançou 0,23%, com o aumento da demanda por ações de tecnologia. Foto: EFE

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Previdência continua no radar

As mudanças nas aposentadorias começam a ser discutidas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de ir a plenário. O relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), prometeu entregar o parecer em até três semanas. 

O Placar da Previdência, elaborado pelo Estado, aponta que a reforma já tem 53 votos favoráveis ao texto no plenário, bem mais que os 49 necessários em dois turnos da votação. 

Também esta semana pode começar a tramitar na Câmara o projeto de lei de reforma da Previdência para militares. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro disse, no sábado, que deseja enviar uma proposta com o sistema de capitalização na Previdência "tão logo se resolva" a reforma aprovada na Câmara e que tramita no Senado. 

Para ficar de olho na semana

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Nesta manhã, o Banco Central divulga o relatório Focus, com as projeções de analistas do mercado para a Selic, a taxa básica de juros, o PIB e a inflação. Está prevista para quinta-feira a divulgação, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos números do desemprego no segundo trimestre, na Pnad Contínua. 

Os investidores devem monitorar também as articulações no Senado e com governadores em torno de uma proposta de emenda à Constituição paralela à reforma da Previdência para a inclusão de Estados e Municípios nas medidas. 

Na Câmara, está agendada a votação da medida provisória da Liberdade Econômica, na terça-feira. O Senado poderá votar a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, para embaixada do Brasil nos Estados Unidos. 

Nesta segunda, a Eletrobrás divulga balanço do segundo trimestre, após o fechamento dos mercados. Em São Paulo, os presidentes do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Banco Central, Roberto Campos Neto, participam de evento do Santander.

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Cautela nas Bolsas da Europa

As Bolsas europeias abriram em alta, mas passaram a cair, com a preocupação de que a guerra comercial se prolongue. Também preocupa o cenário político italiano após a Liga, partido do vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, ter protocolado uma moção de desconfiança contra o próprio governo, comandado pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte. 

No começo da manhã, a Bolsa de Londres caía 0,28%, a de Paris recuava 0,29% e a de Frankfurt se mantinha estável. Em Milão, o índice FTSE-MIB tinha perda marginal de 0,02%, após sofrer um tombo de 2,48% na sessão anterior, enquanto as Bolsas de Madri e de Lisboa se desvalorizavam 0,44% e 0,67%, respectivamente.

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As Bolsas chinesas fecharam em alta firme nesta segunda, depois de o banco central local buscar desvalorizar o yuan menos do que se previa. Principal índice acionário da China, o Xangai Composto subiu 1,45%. O sul-coreano Kospi avançou 0,23% com aumento da demanda por ações de tecnologia, mas o Hang Seng caiu 0,44% em Hong Kong.

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