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‘Há um volume de R$ 100 bi em oferta de ações para o segundo semestre’, diz Noronha, do Bradesco

Para vice-presidente do Bradesco, o prognóstico de oferta de ações é muito positivo para os próximos meses

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Por Fernanda Guimarães
Atualização:

O aumento da volatilidade fez com que algumas empresas decidissem postergar suas ofertas de ações, mas o prognóstico é muito positivo para os próximos meses, avalia o vice-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, que é responsável pela área de atacado do banco, que é aquela voltada às empresas. Para o segundo semestre, por exemplo, é estimado um volume de aproximadamente R$ 100 bilhões em ofertas, o que garantirá mais um ano recorde no mercado acionário.

Neste mês, o Bradesco realizou seu encontro anual – 100% virtual como demanda os protocolos para combater a pandemia. Ao todo, segundo Noronha, participaram 118 empresas. Dos investidores foram um total de 1.173 – 20% deles estrangeiros. 

Marcelo Noronha, vice-presidente do Bradesco. Foto: Rafael Arbex/Estadão

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Por que tantas empresas estão decidindo suspender seus IPOs?

Essa foi uma mudança temporária e as empresas mais sensíveis ao preço irão esperar uma nova janela mais adiante. O volume de ofertas no segundo trimestre do ano foi afetado, com cerca de 30% deixando suas ofertas para depois. Quando o valor das empresas já listadas cai é natural que alguns IPOs esperem. Mas a estimativa para o ano é muito positiva. Tivemos até aqui mais de R$ 40 bilhões em ofertas. Para o segundo semestre a previsão é de mais R$ 100 bilhões, o que garantirá em 2021 mais um ano de recorde.

No evento foi possível sentir o humor dos investidores em relação ao Brasil? Qual foi a sua avaliação?

Do lado da economia, investidores mostraram preocupação com o orçamento e controle fiscal. E um ambiente político mais calmo também favorece investimentos e ainda tem a questão do controle da pandemia. Nos mercados emergentes de ações, a entrada de recursos neste ano já chega a US$ 72 bilhões, até o dia 05 de abril. Apesar desse momento positivo para os emergentes, a América Latina ainda não apresentou entrada positiva de recursos em 2021. O Brasil é muito importante nessa obra (representa parte relevante dos recursos estrangeiros que são destinados para a América Latina). Os desafios econômicos passam pela política, pelo controle da pandemia. 

E há sinalização positiva para retorno de investimento?

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A Infraweek mostrou que quando há bons ativos há interesse dos ‘players’. E com o andamento da vacinação, seguindo o cronograma do Ministério da Saúde, haverá uma mudança na confiança dos agentes econômicos, tanto de investidores, quanto empresa. Essa percepção deve melhorar em maio.

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