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Hackers atacam Secretaria de Fazenda do Rio e divulgam dados na internet

Segundo a Sefaz-RJ, o ataque teria alcançado apenas 0,05% de seus dados armazenados

Por Bruno Villas Boas e Vinicius Neder
Atualização:

Rio - A Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira, 27, que foi atacada por um grupo de hackers na semana passada e chantageada a realizar um pagamento aos invasores cibernéticos sob pena de vazamento dos dados supostamente roubados de seu sistema. O caso foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática.

O grupo de hackers teria invadido os sistemas da Secretaria de Fazenda do Rio usando um ransomware chamado LockBit e supostamente obtido cerca de 2,3 milhões de arquivos, num total de 420 gigabytes. De acordo com a secretaria, a ameaça de vazamento dos dados foi feita na quinta-feira, 21. O valor cobrado não foi revelado, nem o conteúdo obtido pelos hackers.

A Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira, 27, que foi atacada por um grupo de hackers e chantageada a realizar um pagamento aos invasores cibernéticos sob pena de vazamento dos dados supostamente roubados de seu sistema Foto: Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

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Perfis de redes sociais especializados no tema publicaram que o vazamento dos dados teria ocorrido nesta segunda-feira, 25, quando foi encerrado o prazo estipulado pelos invasores para o pagamento. Segundo a Sefaz-RJ, o ataque teria alcançado apenas 0,05% de seus dados armazenados. Entre os documentos estariam trocas de e-mail e arquivos de prestadores de serviços.

A Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do governo do Rio informou que está à disposição das autoridades policiais para colaborar com a investigação e reforçou que, desde 2020, vem “priorizando o reforço da segurança da informação, o que pode ser comprovado pelo baixo impacto do ataque, resultado da efetividade das ações que vêm sendo adotadas”.

Operadores que usam o ransomware Lockbit fizeram outras vítimas no País, como a Atento SA, empresa prestadora de serviços de call center, em outubro do ano passado. A empresa sofreu perdas de faturamento por interrupção nas atividades. No caso da Sefaz-RJ, os impactos da invasão em serviços prestados pela secretaria não foram mencionados.

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