
22 de abril de 2012 | 15h21
O primeiro-ministro Mark Rutte terá uma reunião de gabinete nesta segunda-feira, para discutir formas de fazer os cortes avançarem - exigência para reduzir o déficit abaixo do limite da União Europeia, de 3% do PIB, em 2013 - e preparar o país para novas eleições, depois que o governo perdeu apoio do aliado de direita Partido da Liberdade, que se opõe à reforma.
As conversas têm girado em torno das medidas (cortes) de 14 bilhões de euros. Após a reunião de gabinete, amanhã, um debate no parlamento deve ocorrer na terça-feira, embora ainda não tenha sido confirmado. Meses podem transcorrer antes que ocorram eleições locais.
O ministro das Finanças da Holanda, Jan Kees de Jager, indicou que o governo vai pressionar em favor dos cortes mesmo sem maioria.
Núcleo
Sem medidas adicionais, a Holanda vai quebrar as regras do orçamento da região. Isso alimenta o debate sobre se o país ainda pertence ao grupo do "núcleo" de Estados da zona do euro com finanças públicas sólidas.
Na semana passada, a Fitch Ratings ameaçou tirar o rating AAA se a Holanda não conseguir avançar com os cortes de orçamento e impedir o crescimento do endividamento. A empresa vai avaliar o rating em junho - colocá-lo em perspectiva negativa será um passo possível em direção a um rebaixamento.
A Holanda é um dos quatro países AAA da zona do euro, junto com Alemanha, Finlândia e Luxemburgo. As informações são da Dow Jones.
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