PUBLICIDADE

Publicidade

Hollande enfrenta protestos nas ruas contra pacto fiscal da UE

Foi a primeira grande exibição de insatisfação pública contra o presidente da França desde sua eleição, em maio 

Por Reuters
Atualização:

Milhares de manifestantes marcharam por Paris neste domingo contra um pacto orçamental europeu, na primeira grande exibição de insatisfação pública contra o presidente da França, François Hollande, desde sua eleição, em maio.

PUBLICIDADE

A passeata, organizada pela coligação Frente de Esquerda, chamou sindicalistas, simpatizantes de extrema-esquerda e outros opositores do acordo da União Europeia, dois dias antes do início das discussões dos legisladores sobre o projeto de lei do pacto orçamentário na câmara baixa do parlamento.

O acordo fiscal a ser estabelecido entre os países da União Europeia prevê cortes de gastos nos Estados. A população teme que as medidas afetem áreas sociais.

Apoiado por Hollande, o pacto de disciplina orçamental deve ser aprovado em ambas as casas do parlamento, graças ao apoio dos legisladores socialistas , ajudados pelos defensores da disciplina fiscal na oposição de centro-direita.

Mas a votação expôs fendas na colisão governista de Hollande, com os aliados de extrema esquerda e os Verdes planejando votar contra o projeto, desafiando a autoridade do cada vez mais impopular líder socialista.

Se Hollande tiver de contar com os adversários para aprovar o pacto, a votação pode aprofundar a brecha em sua aliança e encorajar os aliados de esquerda, que buscam uma mudança de rumo, para longe da aderência irrestrita às metas europeias de déficit.

"Para ele (Hollande), essa votação era apenas uma formalidade, que simplesmente teria que ser apressada", disse Jean-Luc Melechon, um impetuoso orador esquerdista que ficou em quarto lugar em uma votação presidencial em abril.

Publicidade

"Agora ele vai entender que esse não é o caso, que na França e no resto da Europa existe uma organizada oposição a esse pacto e todas suas políticas de austeridade."

(Reportagem de Lucien Libert) 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.