Fundador da rede Petz, Sergio Zimerman diz que, com o home office, a relação entre donos e seus pets ficou mais próxima – logo, os bichinhos passaram a ganhar mais “agrados”, salvando o setor da recessão que dominou a economia e dando confiança à empresa para acelerar sua expansão. Abaixo, trechos da entrevista.
Por que o setor de pets cresceu mesmo na crise?
No home office, a relação dos tutores com seus pets cresceu e eles compraram mais brinquedos e petiscos. Muita gente que não tinha pet foi atrás de compra ou adoção. Aumentou também a venda de produtos de higiene, com os animais deixando de sair para banho. Com isso, seguimos nosso plano de expansão. Falta entrarmos em 11 Estados.
Como foi realizar a abertura de capital em plena pandemia?
No fim de 2019, nosso planejamento era fazer o IPO em março ou abril. Estávamos na véspera do carnaval, e o processo estava indo muito bem, mas a janela fechou com a pandemia (a oferta acabou sendo realizada em setembro). Nossa primeira reação foi tranquilizar nossos quase 5 mil funcionários da época e nos comprometemos em não demitir. Outra medida foi de manter a saúde de nossos fornecedores com antecipação de pagamentos.
E como foram as vendas online no ano passado?
Já estávamos nos preparando para fazer digital desde 2015 e concluímos o projeto em 2019. Nossa venda online havia sido de 8% em 2019, com tendência de crescimento. Com a pandemia, foi a 25% em 2020.
O sr. considera aquisições?
Há três principais blocos de M&As (fusões e aquisições, pela sigla em inglês). O primeiro seria uma transação com grandes players do mercado para complementar nosso negócio. O segundo seria na chegada a regiões novas, em vez de começarmos um investimento do zero. A terceira são aquisições de serviços de pets, que chamamos de micro aquisições, como hotéis e dog walkers.