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Horário ampliado para dar conta do consumo voraz

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Por Redação
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De olho nas hordas de consumidores, os comerciantes do Brás buscam alternativas para não perder venda. Uma delas é ampliar o horário de atendimento. Guilherme Queiroz, dono da Banca do Bebê, tem três pontos no Shopping Popular da Madrugada. Neste ano, aumentou a equipe de vendedores e passou a abrir as lojas por mais tempo. Em vez de encerrar às 10 da manhã, começou a atender até às 17h30. Em épocas normais, os pontos ficam abertos das 3 horas às 9 horas. "Minha previsão é aumentar as vendas em 20% em relação a 2007", diz. Diretor de marketing do Shopping Popular da Madrugada, Giovan Ferreira, prevê 5% de aumento nas vendas. No espaço, funcionam 4.090 bancas que atendem a compradores despejados no local por 400 ônibus diariamente. "Se houve algum vestígio da crise no comércio popular só sentiremos a partir do início do ano", comenta. Tanto que a abertura do shopping aos domingos que antecedem o Natal, antes uma dúvida, foi confirmada. Segundo Andréia Bezerra Bessa, diretora do Lojão do Brás, o fim de ano, apesar de o crescimento do faturamento ser inferior a 2007, terá crescimento. "Esperávamos um aumento de cerca de 10%, mas os números foram revistos e a alta deve ser de 2%, no máximo. Só teremos certeza na segunda quinzena, quando o Natal estiver mais perto", afirma. A loja recebe na época de fim de ano por volta de 8 mil clientes por dia. Em tempos normais o volume cai pela metade. O presidente da Associação de Lojistas do Brás (AloBrás), Noberto Arena, também é cuidadoso ao analisar a previsão de faturamento. "Com todo desconforto econômico que vimos até agora, é melhor não fazer especulação. Por enquanto trabalhamos com uma alta de até 8% nas vendas", diz Arena. Segundo a Associação Comercial de São Paulo, apesar de o índice de confiança do consumidor das classes C, D e E, de novembro, ser mais alto do que o da classe A, houve um pequeno recuo em relação a outubro. "O ano passado foi de crescimento expressivo. Como a base é alta, o aumento das vendas, por menor que seja, merece destaque", diz Marcel Solimeo, do Instituto de Economia da Associação Comercial.

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