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Hospital Oswaldo Cruz: perfeccionismo alemão com jeitinho brasileiro

Superintendente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, José Henrique do Prado Fay, fala sobre os desafios de gerir um complexo hospitalar que realiza 20 mil procedimentos cirúrgicos por ano

Por Leticia Bragaglia
Atualização:

Aos 62 anos, o executivo gaúcho José Henrique do Prado Fay, não se cansa da rotina à frente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Em entrevista ao Portal Economia & Negócios ele falou sobre os desafios de administrar o hospital, considerado atualmente uma das maiores referências em atendimento no país. "É uma tarefa complexa. São cinco mil médicos cadastrados, que realizam 20 mil procedimentos cirúrgicos por mês. Tento dar as melhores condições de trabalho para meus funcionários. Afinal, só cuida bem quem está bem," explica o executivo, que nas poucas horas vagas pratica o aeromodelismo.

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Durante sua gestão, iniciada em 2006, Fay tem conquistado resultados muito positivos. O quadro de funcionários da tradicional instituição, que fica em São Paulo, teve aumento de mais de 40% e a receita, uma alta de 71%. Além disso, grande parte do plano de expansão do hospital foi concretizada nos últimos cinco anos. Só em 2010, três unidades externas foram inauguradas.

O sucesso, segundo Fay, vem em boa parte por causa do rigor nos procedimentos, algo fundamental na área de saúde. "Há muitos anos, quando eu ainda chefiava um hospital em Porto Alegre, fui chamado às pressas porque uma funcionária tinha injetado o remédio errado em um recém-nascido. Naquele momento não bastava demitir a funcionária. Era preciso saber por que ela tinha cometido aquele engano." Fay acabou descobrindo que a seringa trocada estava estocada na prateleira superior de um armário, e acabou caindo em outra caixa. "Fiz questão de mostrar pra todo mundo pra eliminar a chance de aquilo acontecer de novo." No fim, a funcionária acabou mantendo o emprego. "Ela teve a dignidade de avisar a chefia logo que percebeu o erro, evitando um mal maior," lembra Fay.

Veja nos vídeos anexados a entrevista completa, na qual o executivo fala também sobre o sistema brasileiro de saúde e a falta de investimentos em pesquisa no Brasil.

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