A petrolífera brasileira HRT informou nesta segunda-feira que fechou a venda para o grupo português Galp Energia de uma participação de 14 por cento em três licenças exploratórias na Namíbia, segundo comunicado divulgado ao mercado. A negociação envolve áreas nas bacias de Walvis e de Orange, ambas na costa do país africano. A HRT continuará como operadora dessas licenças e dará início à campanha de perfuração início de 2013. De acordo com os termos acordados, "a Galp Energia irá carregar parte dos custos das operações da HRT, inerentes à perfuração de poços pioneiros, até um determinado limite", disse a empresa em nota. "Estamos honrados de ter a Galp Energia como parceira..., o que possibilitará a HRT aliar à sua campanha exploratória a experiência de uma grande companhia... na busca por hidrocarbonetos... tanto no pré-sal brasileiro quanto em águas profundas da costa oeste africana", disse Marcio Rocha Mello, diretor-presidente da HRT. O programa de exploração terá início com a perfuração de três poços exploratórios, em prospectos já identificados e definidos, "que apresentam potencial de volumes relevantes tanto para óleo quanto para gás, com maior tendência para óleo", informou a HRT em comunicado. As três licenças ocupam uma área de quase 40 mil quilômetros quadrados, em lâmina d'água que varia entre 180 metros e 2.500 metros. Segundo a HRT, as bacias de Walvis e Orange estão localizadas em uma nova fronteira exploratória, em uma província de hidrocarbonetos emergente, com potencial para descobertas significativas de óleo e gás natural, em vários prospectos já identificados. A HRT investiu em um grande programa de levantamento sísmico 3D na costa da Namíbia, o qual abrangeu as áreas onde os três poços serão perfurados, informou a empresa. Na semana passada, a petrolífera elevou suas estimativas de volumes potenciais de recursos em áreas de licenças exploratórias na Namíbia para 7,4 bilhões de barris de óleo equivalente. A HRT afirmou ainda na semana passada que pode vender mais de um terço de sua participação em blocos na Namíbia, com o objetivo de obter recursos para desenvolver a campanha exploratória no país africano. A empresa também estuda a possibilidade de realizar venda de participação em blocos na bacia do Solimões, na região amazônica, segundo Márcio Mello. (Por Roberto Samora)