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HSBC quer dobrar ativos na América Latina em 5 anos

Por Carolina Ruhman
Atualização:

O novo presidente do HSBC para a América Latina, o brasileiro Emilson Alonso, está muito confiante com o futuro do banco na região, o qual quer transformar em uma grande unidade regional. Durante seu primeiro encontro com a imprensa após sua promoção, o executivo citou metas como dobrar os ativos do banco na região nos próximos quatro ou cinco anos e estimou que as operações na América Latina do HSBC podem passar a representar 20% do lucro total do banco em dez anos. O HSBC tinha no ano passado US$ 99 bilhões de ativos na região e, para Alonso, "dobrar esse número de ativos nos próximos anos não é uma coisa muito complicada de acontecer, organicamente. Se fizer uma aquisição, acelera isso". O executivo avalia que crescer a taxas de 15% ao ano é algo "normal, para uma região como essa". Entretanto, ele fez uma ressalva que isto pode não acontecer se a América Latina for afetada pela crise americana ou se a região não mantiver seu ritmo de crescimento. Outro objetivo destacado por Alonso é que a América Latina passe a representar 20% do lucro bruto do HSBC. Atualmente, a região contribui com 9% do lucro total do banco, mas o executivo ressaltou que há dez anos, o banco não estava presente na região. "A perspectiva de longo prazo é muito positiva para a América Latina", disse. "A América Latina tem uma possibilidade de crescimento enorme, e nós temos que aproveitar isso", disse, enumerando Peru, Chile, Brasil e Colômbia. "São países que estão prosperando", ressaltou. "Nós somos o banco dos países emergentes", declarou. Alonso acredita que o mercado bancário brasileiro só verá um movimento de consolidação se houver uma redução da rentabilidade. "A atratividade aqui é muito alta e os bancos brasileiros acham que conseguem manter essa rentabilidade no longo prazo", afirmou, ressaltando que talvez algumas mudanças regulatórias no País impliquem em um aumento de produtividade e uma redução da atratividade. "Quem tiver mais competência para manter a atratividade fica no mercado", afirmou.

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