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Iata defende metas de eficiência para aeroportos

Por Silvana Mautone
Atualização:

O modelo de concessão dos aeroportos no Brasil precisa definir metas de eficiência para os operadores que ganharem as licitações, defende David Stewart, chefe de Aeroportos da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). "É preciso garantir que os concessionários busquem o máximo de eficiência para que não ocorram aumentos significativos nas tarifas aeroportuárias pagas pelos passageiros e pelas empresas aéreas", afirmou hoje durante palestra na Airport Infra Expo, em São Paulo. Segundo ele, em países como México e Inglaterra, houve aumentos de até 50% nessas tarifas após a concessão para o setor privado. Stewart defende também a criação de um órgão regulador independente que monitore o cumprimento dessas metas.Questionado sobre o fato de que o governo brasileiro irá conceder à iniciativa privada, pelo menos num primeiro momento, apenas parte dos aeroportos, não o aeroporto inteiro, Stewart disse que isso não é um problema desde que haja diálogo e comunicação entre os diferentes operadores. "Pode haver diferentes operadores, mas eles têm de interagir para trabalhar em conjunto porque o sistema aéreo é um sistema que só funciona integrado", disse.O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, disse ontem que o governo concederá à iniciativa privada a reforma e ampliação dos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília e Viracopos, em Campinas (SP). As áreas novas e que passarem por reformas serão administradas pelos vencedores da licitação. As demais áreas desses mesmos aeroportos continuarão sob a administração da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).O representante da Iata disse que não há um modelo de privatização ideal, pois isso depende muito da situação econômica e da demanda de cada país. "O Brasil está numa situação privilegiada porque não precisa inventar a roda. Pode se espelhar nas experiências do que deu certo e errado em outros países."

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