PUBLICIDADE

Publicidade

Iata: empresas aéreas vão perder US$ 4,7 bi em 2009

Por Ana Conceição
Atualização:

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) aumentou sua estimativa para os prejuízos combinados das empresas do setor neste ano para US$ 4,7 bilhões, quase o dobro dos US$ 2,5 bilhões previstos em dezembro do ano passado. Em reflexo à deterioração da economia global, a entidade prevê que a receita das companhias aéreas deverá diminuir US$ 62 bilhões, para US$ 467 bilhões, recuo maior que o do período pós-atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Entre 2000 e 2002, a receita das empresas recuou US$ 23 bilhões. A Iata, que representa 230 companhias aéreas ou 93% do tráfego aéreo global, disse que a demanda no transporte de passageiros deverá cair 5,7% este ano, enquanto a demanda no segmento de cargas deverá recuar 13%. Ambas as estimativas são piores que as divulgadas em dezembro de 2008, quando a entidade estimava quedas de 3% e 5% no transporte de passageiros e de cargas, respectivamente. Segundo a Iata, as companhias não conseguirão reduzir a capacidade a uma taxa similar à queda na demanda. Para o diretor-geral e executivo-chefe da Iata, Giovanni Bisignani, a queda dos preços do combustível desde seu pico, em julho do ano passado, ajuda a limitar as perdas. Contudo, "o alívio representado pela queda dos preços dos combustíveis será ofuscado pela queda na demanda e da receita. A indústria está sob cuidados intensivos e enfrenta dois desafios imediatos: a conservação de caixa e o alinhamento da capacidade com a demanda", afirmou RegiõesAs empresas da região Pacífico-Ásia continuarão a ser as mais afetadas pela crise e deverão registrar prejuízos combinados de US$ 1,7 bilhão. Na China, a demanda por viagens internacionais deverá recuar entre 5% e 10%. No Oriente Médio, apesar do aumento estimado de 1,2% na demanda, as empresas terão prejuízo de US$ 900 milhões por conta da expansão de capacidade mais rápida que a da demanda. Na América do Norte, as companhias deverão ter melhor performance que no resto do mundo por terem diminuído a capacidade de transporte desde o início da crise. Essas empresas também estão menos atadas a contratos de proteção (hedge) de combustível. Como resultado, devem registrar um lucro conjunto de US$ 100 milhões, apesar da queda de 7,5% na demanda.Na Europa, a demanda deverá recuar 6,5%. A Iata disse que os cortes na capacidade das empresas da região não serão suficientes e elas deverão registrar um prejuízo combinado de US$ 1 bilhão. As companhias africanas deverão ter prejuízos de US$ 600 milhões por causa da perda de participação de mercado para empresas concorrentes nas rotas de longa distância. As informações são da Dow Jones.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.