
13 de julho de 2013 | 02h09
Conhecido, numa definição tecnicamente imprecisa, como uma "prévia" do PIB, o IBC-Br é um indicador construído com base em indicadores "indiretos" e antecipados do ritmo de expansão econômica. Seu objetivo é auxiliar os diretores do BC a tomar o pulso da economia e balizar as decisões de política monetária, no tempo de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que não coincide com o calendário divulgado das variações do PIB pelo IBGE.
Já se sabe que, embora possa mostrar avanço sobre maio, o crescimento em junho foi negativamente afetado pela onda de manifestações que varreu o País. Por isso, na métrica do IBC-Br, o ritmo de expansão da economia, no segundo trimestre, de acordo com os analistas, deverá repetir, na melhor das hipóteses, o ritmo de expansão do primeiro trimestre.
Quando se trata de comparar a trajetória do IBC-Br com a do próprio PIB, cuja variação só é divulgada pelo IBGE em base trimestral, os economistas preferem olhar, a cada mês, para a média móvel trimestral. Nessa ótica, a lenta perda de gás da economia fica mais nítida.
No trimestre encerrado em maio, o IBC-Br progrediu 1,4% - a maior variação desde o começo de 2011. A evolução é positiva desde dezembro, Mas a curva aponta, mês a mês, redução no ritmo de crescimento.
Ocorreu um primeiro movimento de alta, em grau moderado, entre dezembro e fevereiro, e um segundo, mais intenso, entre março e abril. Já em maio é visível a perda de fôlego e junho deve acompanhar o desenho da curva.
Essa trajetória fica clara quando se observa que, enquanto no acumulado em 12 meses, até maio, o IBC-Br ainda cresce 2,5%, aumenta a adesão de analistas ao grupo que já projeta um teto de 2% para a expansão da economia em 2013.
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