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IBGE: apesar de melhorias, trabalho ainda é desigual

Por Jacqueline Farid
Atualização:

O mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do País no ano passado foi marcado por notícias positivas como aumento da ocupação, queda no número de desocupados, recuo significativo na taxa de desemprego e crescimento da formalidade, segundo o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo. "São resultados que mostram que o cenário econômico foi favorável e se refletiu no mercado de trabalho", disse. Ele citou como pontos importantes desse cenário favorável, para o mercado de trabalho, a queda na taxa de juros e no risco País, além da manutenção da inflação sob controle. "São sinalizações que dão confiança ao investidor para criar postos de trabalho", disse. Na média de 2007 a taxa de desemprego ficou em 9,3%, a menor da série histórica da pesquisa. O número de pessoas ocupadas aumentou 3,0% em relação ao ano anterior, enquanto o número de desocupados caiu 4,8%. O rendimento médio real dos trabalhadores ficou, na média do ano, em R$ 1.143,72, com aumento de 3,2% em relação a 2006. A participação do emprego com carteira no total de ocupações subiu de 41,4%, em 2006, para 42,4% em 2007. Desigualdades Apesar das melhorias apuradas pelo IBGE no mercado de trabalho em 2007, comparativamente a 2003, algumas desigualdades persistiram, mesmo que de forma menos acentuada, segundo Azeredo. Em 2003, as mulheres recebiam o equivalente a 70,8% dos salários dos homens e, em 2007, passaram a receber 70,5% dos ganhos masculinos. "O rendimento permanece aquém, ainda que as mulheres estejam mais presentes no mercado de trabalho", disse Azeredo. Além disso, um trabalhador negro ou pardo recebia apenas o equivalente a menos da metade, ou 49,6%, do rendimento de um trabalhador branco em 2007. A situação melhorou em relação a 2003, quando essa proporção era de 48,5%, mas a diferença ainda é gritante.

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