PUBLICIDADE

IBGE: desemprego em SP dispara a 9,4% em janeiro

Por Jacqueline Farid
Atualização:

O desemprego na região metropolitana de São Paulo disparou em janeiro, segundo a pesquisa mensal de emprego do IBGE. A taxa de desemprego na região, que abriga cerca de 40% dos ocupados em seis regiões metropolitanas do País pesquisadas pelo instituto, passou de 7,1% em dezembro para 9,4% em janeiro. Além disso, o número de desocupados aumentou 32,6%, com mais 228 mil desempregados em janeiro ante dezembro, a maior alta na série da pesquisa, iniciada em março de 2002. O número de ocupados caiu 2%, com perda de 179 mil vagas. O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, explicou que o número de desocupados aumentou mais do que a perda de vagas porque mais pessoas voltaram a procurar emprego na região em janeiro. O conceito de desocupados engloba os que estão sem emprego e à procura de uma vaga. Em dezembro, segundo ele, muitos deixam de procurar trabalho por causa das festividades de final de ano, o que sempre leva a um aumento nesse indicador em janeiro. Porém, ele admite que janeiro deste ano foi "atípico, diferente", com alta acima do que ocorre tradicionalmente. Segundo ele, São Paulo "dá o tom" do mercado de trabalho metropolitano e, assim como é a primeira região a registrar resultados positivos quando há melhora no cenário econômico, também é a primeira a refletir mudanças negativas na economia. O setor que mais demitiu em São Paulo em janeiro foi o de construção, com recuo de 7,1% no número de ocupados ante dezembro. O setor industrial, por outro lado, mostrou expansão de 1,9% no número de ocupados no período. Atividades Das sete atividades pesquisadas pelo IBGE, seis demitiram trabalhadores nas seis principais regiões metropolitanas do País em janeiro. O maior número de demissões foi registrado no comércio (queda de 2,5% na ocupação ante dezembro, com dispensa de 105 mil trabalhadores), o que já era esperado, já que esse segmento dispensa tradicionalmente, em janeiro, os funcionários temporários contratados no final do ano. Na construção, houve queda de 4,7% no número de ocupados, com perda de 75 mil vagas em relação ao mês anterior. Houve recuos também, ante dezembro, na indústria (-0,2%), nos serviços prestados às empresas (-1,4%, inclui especialmente terceirizados), em educação, saúde e administração pública (-1,6%) e em outros serviços (inclui hotéis, turismo em geral, com -2,3%). No que diz respeito aos serviços domésticos, houve aumento de 1,4% no número de ocupados, com 22 mil contratações no período.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.