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IBGE destaca segmentos da indústria com melhor e pior desempenho

Por Agencia Estado
Atualização:

Os setores mais vinculados ao comportamento da massa salarial prosseguem com o pior desempenho nos resultados da produção industrial apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo observou o chefe do departamento de indústria, Silvio Sales. Entre os quatro segmentos pesquisados que apresentaram queda em abril, dos 27 investigados pelo IBGE na comparação com abril do ano passado, três são não duráveis ou semiduráveis: calçados e artigos de couro (-10,8%), edição e impressão (-4,2%) e farmacêuticos (-4,8%). Além disso, enquanto a indústria em geral acumula aumento de 6,1% na produção no ano ante os quatro primeiros meses de 2003, a expansão dos não duráveis não ultrapassou 1,5%. Em 12 meses até abril, essa categoria acumula queda de 2,3% na produção, enquanto a indústria geral cresceu 2%. Sales avalia, entretanto, que a recuperação mais lenta dos não duráveis não significa falta de reação dessa categoria. "Os não duráveis estão acompanhando a trajetória de recuperação industrial, mas de forma muito distanciada. Isso supostamente está relacionado ao comportamento da massa salarial, cuja recuperação também está ocorrendo lentamente", disse. Para Sales, os não duráveis estão se beneficiando dos crescimentos na ocupação ou no rendimento, mas "ainda de forma mais discreta". Melhores O chefe do departamento de indústria do IBGE destacou resultados da produção industrial acumulada nos quatro primeiros meses de 2004 que foram bastante elevados e estão relacionados às exportações e à agricultura. São eles sucos e concentrados de frutas (41,2%), minerais metálicos não ferrosos (41%), fabricação de café (20,1%), celulose e pastas para fabricação de papel (8,5%), tratores e máquinas agrícolas (23,9%) e defensivos agrícolas (10,2%).

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