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IBGE divulga pesquisa sobre setor de serviços

Por Agencia Estado
Atualização:

O setor de serviços empresariais não-financeiros exibe grande vigor, em contraste com a marcha lenta da média da economia. Segundo a Pesquisa Anual de Serviços 2001, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), naquele ano marcado pelo racionamento de energia, o setor cresceu 10,2%, já descontada a inflação, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 1,42%. "É um setor que ainda está muito dinâmico", diz a chefe do Departamento de Comércio e Serviços do IBGE, Vânia Prata. "Ainda porque não se sabe até quando ele vai mostrar esse dinamismo", afirma a especialista, para quem é mais provável que as altas taxas de crescimento verificadas em segmentos como telecomunicações venham a se reduzir nos próximos anos. O setor de serviços - que não inclui administração pública, saúde, educação e bancos - representa cerca de 13% do PIB - teve uma receita operacional líquida de R$ 251 bilhões no total das 813.667 empresas na atividade. O número de empresas, aliás, foi 6,0% superior ao total do ano anterior. Os resultados em relação a emprego e remuneração também foram bem melhores que os da economia como um todo. O setor gerou 383 mil novos postos de trabalho em 2001, chegando a 6,282 milhões de pessoas trabalhando, 6,5% mais que em 2000. Em relação a 1999, o crescimento do emprego no setor até 2001 foi de 15,70% contra uma queda na ocupação na economia em geral de 0,5% no mesmo período. Além disso, enquanto a renda média do trabalhador brasileiro caiu, o setor foi capaz de dar um aumento real de 0,9% na remuneração média do trabalhador em 2001. A região Sudeste gerou 67,3% da receita bruta do setor de serviços não financeiros. O Estado de São Paulo é responsável por 42% da receita bruta gerada no País no setor de serviços, seguido por Rio de Janeiro (16,6%) e Minas Gerais (7,5%). Grupos O setor cuja receita mais cresceu foi o de serviços de informação, com 11,9%. Em seguida, veio o grupo de "Correio, transportes e atividades auxiliares", que teve crescimento real de 10,7% e gerou R$ 75,9 bilhões em 2001 no conjunto de suas 85.194 empresas. O valor corresponde a 30,3% de toda a receita líquida do setor de serviços mercantis não-financeiros. Um grupo que também cresceu 10,7% foi o de "Outros serviços", que inclui serviços auxiliares financeiros como corretagem de seguros e planos de saúde; representantes comerciais e agentes de comércio. A receita operacional líquida desse grupo formado por 91.353 empresas foi de R$ 12,1 bilhões em 2001 e ele respondeu por um aumento de 17,9% nos empregos. O segundo grupo que mais gerou emprego, com 7,8% de aumento, foi o de Correio e transportes, sendo que o segmento de transporte aquaviário de carga foi o que mais aumentou o emprego em todo o setor de serviços, com 28,6% de crescimento em relação a 2000. Em seguida, vieram representantes comerciais e agentes de comércio (23,7%), outras atividades de serviços (23,3%) e serviços técnico-profissionais como consultoria empresarial e de contabilidade, auditoria, e jurídicos (13,9%). Quase a metade das empresas de serviços não-financeiros, 49,2%, pertenciam ao grupo "Serviços prestados às famílias" em 2001, que respondeu por apenas 11,6% das receitas do setor. Esse grupo é composto pelas atividades de habitação e alojamento, alimentação, manutenção e reparação, serviços recreativos e culturais e serviços pessoais. Do total da receita gerada por este grupo, 51,4% veio de empresas com até 19 pessoas ocupadas. O que mais empregou foi o de "Serviços prestados a empresas", com 1,994 milhão de ocupados (31,8% do total no setor de serviços) em suas 150.616 empresas.

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