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IBGE: estímulo do governo impulsiona bens de capital

Por Jacqueline Farid
Atualização:

A economista da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Isabella Nunes, destacou que os estímulos governamentais e o aumento da confiança dos empresários garantiram uma aceleração no crescimento da produção de bens de capital, em dados ajustados sazonalmente, em setembro e no terceiro trimestre.A produção de bens de capital registrou em setembro aumento de 5,8% ante agosto, resultado bem acima da média da indústria (0,8%) e a sexta taxa positiva consecutiva ante mês anterior. Isabella observou que o ritmo de crescimento dessa categoria foi bem superior em setembro, já que os resultados ajustados não ultrapassaram 0,7% em agosto ante julho e 1,6% em julho ante junho.Segundo Isabella, o crescimento de bens de capital ante mês anterior foi impulsionado sobretudo por bens de capital para transporte, influenciados especialmente pela produção de caminhões. De acordo com ela, esse segmento teve efeitos positivos do aumento dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no programa Pró-Caminhoneiro. Os dados trimestrais também confirmam uma reação mais forte na produção de bens de capital. No terceiro trimestre, ante o trimestre imediatamente anterior, a produção dessa categoria aumentou 6,1%, o primeiro resultado positivo após três trimestres consecutivos de queda. "Os resultados de bens de capital confirmam uma recuperação crescente dos investimentos, estimulados pela reação, embora lenta, no uso da capacidade instalada e estímulos de governo via crédito especial e desoneração de impostos", disse Isabella. Na comparação com iguais períodos do ano passado, porém, a produção de bens de capital continua em queda, ainda que em ritmo menos intenso. Em setembro, ante igual mês de 2008, houve recuo de 20,5%, a queda menos intensa apurada desde janeiro de 2009. No terceiro trimestre, ante igual período de 2008, houve recuo de 22,2%, também em magnitude inferior à variação apurada no segundo trimestre (-25,5%).

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