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IBGE: indústria teve expansão mais lenta em março

Por Adriana Chiarini
Atualização:

Os números da pesquisa industrial brasileira de março, divulgados esta manhã, mostram um "quadro positivo, mas marcado por um menor ritmo de expansão", segundo o IBGE. Para o instituto, a desaceleração da produção industrial em março foi grande, considerando que, em fevereiro, em comparação com igual mês do ano passado, a expansão foi de 9,7%; mas em março, na mesma base de comparação, o crescimento foi de 1,3%. O coordenador de Indústria do IBGE, Sílvio Sales, observou que a desaceleração já era relativamente esperada, em parte porque março deste ano teve dois dias úteis a menos que em março do ano passado. Entretanto, ele disse que não se pode falar ainda em tendência de desaceleração, já que o calendário é um fator pontual. Outras causas apontadas para a menor expansão em março também devem se reverter ao longo do ano, ponderou Sales, como a greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que pode ter dificultado a entrada de matérias-primas e componentes importados, e ter prejudicado a indústria nacional. Esta hipótese, salientou ele, não foi investigada a fundo pelo IBGE, mas é reforçada porque um dos setores mais afetados é o de equipamentos de informática e máquinas de escritório, que teve queda 16,9% em relação a março passado. Outro motivo citado por Sales é a queda no refino do petróleo e da produção de álcool (-8,7% em março, ante março do ano passado). "O setor de refino tem um peso grande na produção industrial", comentou. Outros setores montadores com quedas expressivas em relação a março do ano passado são o da linha marrom (TV, rádio e som) com -16,9% - e outros eletrodomésticos (-14,9%). Também houve queda na produção de alimentos (-2,6%) e bebidas (-6,9%). Porém, 14 dos 27 ramos pesquisados pelo IBGE tiveram crescimento em março, ante março do ano passado.

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