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IBGE: mais de 50% já têm carteira de trabalho assinada

Por Jacqueline Farid
Atualização:

O número de trabalhadores com carteira assinada nas seis principais regiões metropolitanas do País cresceu 8,7% em janeiro ante igual mês do ano passado. Na comparação a dezembro de 2007, o número dos que tinham carteira assinada aumentou 0,8%, o que significa que mais 78 mil pessoas foram contratadas formalmente no período. Os sucessivos aumentos no número de trabalhadores com carteira assinada fizeram com que a participação dos empregados com carteira no total de trabalhadores com algum tipo de ocupação chegasse ao maior patamar da série da pesquisa do IBGE, iniciada em 2002, em janeiro deste ano, alcançando 43,8% dos ocupados. Em janeiro do ano passado, o total dos que tinham carteira assinada não ultrapassava 41,7% dos trabalhadores que tinham alguma ocupação. O gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, disse que com o crescimento da participação dos empregados com carteira, os trabalhadores formais já são mais de 50% da força de trabalho nas seis regiões. Isso porque, somando os com carteira e os militares e funcionários públicos, que totalizam os empregados formais, a participação total no número de ocupados em janeiro era de 51%. "A formalização é resultado de um cenário econômico favorável", disse. Cenário favorável O cenário do mercado de trabalho foi muito favorável em janeiro, segundo Azeredo. A taxa de desemprego de 8% apurada em janeiro, nas seis principais regiões metropolitanas, é a menor para o mês desde o início da série da pesquisa do IBGE, em março de 2002. É também a segunda menor taxa mensal da série, perdendo apenas para dezembro do ano passado, quando ficou em 7,4%. Azeredo argumenta que o aumento da taxa em janeiro em relação a dezembro responde a um movimento puramente sazonal, já que isso sempre ocorre no primeiro mês do ano em relação ao último mês do ano anterior. Em janeiro, são dispensados os funcionários temporários contratados para o final do ano, reduzindo o número de ocupados, enquanto cresce a procura por uma nova vaga, que havia caído na última semana de dezembro. "Não há economia aquecida que evite que a taxa de desemprego suba em janeiro", afirmou. Segundo ele, a trajetória positiva do mercado de trabalho do ano passado prossegue no início de 2008, com aumento do emprego formal e de recuperação do poder de compra dos trabalhadores.

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