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IBGE mostra queda no salário do comércio entre 96 e 2003

Por Agencia Estado
Atualização:

Entre 1996 e 2003, caiu o salário médio nos três segmentos do comércio de varejo, atacado e veículos, peças e motocicletas - segundo pesquisa anual de comércio divulgada hoje pelo IBGE. No varejo, houve recuo de 2,3 salários mínimos em 1996 para 1,8 mínimo em 2003. No atacado, a redução foi, respectivamente, de 4,8 mínimos para 3,5 mínimos e, no caso de veículos, de 4,1 para 2,5. A pesquisa mostrou também que a média de pessoas ocupadas por empresa ao longo desses anos permaneceu praticamente estável, com exceção do comércio de veículos automotores, que despencou de uma média de 22 para oito ocupados por empresa. Outra exceção, nesse caso positiva, foi no segmento de hiper e supermercados, cujo número médio de ocupados subiu de 41 para 95. Os técnicos do IBGE avaliam, no documento de divulgação da pesquisa, que este setor foi beneficiado pelos investimentos estrangeiros. A pesquisa estimou a existência de 1,37 milhão de empresas comerciais no Brasil, com 1,43 milhão de estabelecimentos, R$ 675,6 bilhões de receita operacional líquida, 6.271 mil pessoas ocupadas e remunerações totais de R$ 38,8 bilhões em remunerações. Os técnicos do IBGE concluem que "em relação a 2002, a estrutura do comércio brasileiro não mudou". Receita A pesquisa anual de comércio do IBGE mostrou que, em 2003, cada um dos três segmentos do comércio investigados apresentou uma atividade em destaque. No varejo, o segmento de hipermercados e supermercados registrou a maior receita, de R$ 74,7 bilhões, ou 25,2% do total do comércio varejista. As empresas varejistas de combustíveis e lubrificantes obtiveram a segunda participação: 22,8% do total, ou R$ 67,6 milhões. Segundo os técnicos do IBGE, ambos os segmentos foram beneficiados por investimentos estrangeiros. No atacado, combustíveis e lubrificantes foi o setor mais significativo, com 35,4% de participação na receita bruta de revenda (R$ 120,2 bilhões), e de 36,1% da receita operacional líquida (R$ 112,4 bilhões). Também se destacou, segundo o IBGE, a atividade atacadista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (leite, cereais, hortifrutigranjeiros, carne, pescados, bebidas e fumo), com R$ 41,2 milhões de receita operacional líquida, ou 13,2% do total do atacado. No comércio de veículos, peças e motocicletas, a atividade de veículos automotores (revenda varejista e atacadista de veículos novos e usados) foi responsável por mais de 54,0% das receitas em 2003.

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