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IBGE revisa PIB de 2014 e aponta crescimento maior, de 0,5%

Resultado do PIB de 2011 também foi revisto, de um crescimento de 3,9% para 4,0%

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:
O resultado da agropecuária em 2014 saiu de +2,1% para +2,8% Foto: Eduardo Monteiro/Divulgação

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2014 cresceu mais do que o estimado anteriormente: a alta passou de 0,1% para 0,5%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nas Contas Nacionais Anuais. A estimativa anterior tinha como base as Contas Nacionais Trimestrais. O resultado do PIB de 2011 também foi revisto, de um crescimento de 3,9% para 4,0%. 

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Em 2014, o PIB somou R$ 5,779 trilhões. O PIB per capita foi de R$ 28.498,00. 

O resultado da agropecuária em 2014 saiu de +2,1% para +2,8%. Já o PIB da indústria passou de queda de 0,9% para retração de 1,5%. Na direção oposta, o PIB de serviços melhorou de 0,4% para 1,0%.

Conforme o IBGE, pela ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi revista de queda de 4,5% para recuo de 4,2%. A taxa do consumo das famílias passou de alta de 1,3% para avanço de 2,3% enquanto o consumo do governo saiu de +1,2% para +0,8%.

As exportações mantiveram a retração de 1,1% no ano enquanto o resultado das importações foi revisto de uma queda de 1,0% para recuo de 1,9%.

Per capita. Embora o crescimento do PIB brasileiro em 2014 tenha sido melhor do que o previsto anteriormente, piorou o resultado do PIB per capita no País. O PIB per capita passou de R$ 26.520 em 2013 para R$ 28.498 em 2014, o que significa uma queda de 0,4% em termos reais, ou seja, descontada a inflação do período. O resultado representa a terceira queda consecutiva nesse indicador desde o ano 2000. Os recuos mais recentes ocorreram em 2003 (-0,2%) e 2009 (-1,2%).

Segundo Cristiano Martins, gerente na Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, o PIB per capita caiu porque o PIB cresceu em proporção menor do que a população brasileira no ano. "A população cresce cerca de 0,8% em 2014", justificou Martins. 

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Financiamento. A necessidade de financiamento da economia foi de R$ 262 bilhões em 2014, o equivalente a uma alta de 46,3% ante 2013. A renda nacional bruta foi de R$ 5,7 trilhões em 2014, contra R$ 5,3 trilhões em 2013. O cálculo inclui o resultado do PIB brasileiro mais os rendimentos dos fatores de produção enviados ou recebidos do resto do mundo. 

O crescimento nominal da despesa de consumo final, de 10,5%, superou o da renda nacional bruta, de 7,5%, impulsionando a retração de 5,3% na poupança do País, que saiu de R$ 976,9 bilhões em 2013 para R$ 924,9 bilhões em 2014. O resultado, associado ao crescimento nominal de 3,0% na Formação Bruta de Capital (de R$ 1,1 trilhão em 2014), puxou a elevação na necessidade de financiamento da economia nacional.

O pagamento líquido de rendas de propriedades ao resto do mundo - juros, dividendos e lucros reinvestidos - saltou 76,4% no período, passando de R$ 65,3 bilhões em 2013 para R$ 115,2 bilhões em 2014.

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