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Ibovespa acompanha bom humor externo e sobe 1,9%

Por DANIELLE ASSALVE
Atualização:

O principal índice acionário da Bovespa avançou nesta segunda-feira, mostrando recuperação após ter caído ao menor patamar em mais de três meses na última sexta-feira, com investidores otimistas com o progresso das negociações para superar a crise fiscal nos Estados Unidos. Destoando da recuperação do mercado, as ações preferenciais da Eletrobras tiveram sua pior queda em pouco mais de 15 anos, com investidores castigando o papel diante dos impactos negativos que uma possível renovação antecipada de concessões elétricas terá sobre os resultados e dividendos da estatal. O Ibovespa subiu 1,89 por cento, a 56.450 pontos. Na máxima intradiária, o índice avançou 2,3 por cento. O giro financeiro da bolsa foi de 7,8 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou 2,6 bilhões de reais. Os mercados reagiram bem ao tom conciliador adotado por lideranças políticas norte-americanas na última sexta-feira, na primeira rodada de negociações sobre o abismo fiscal desde a reeleição de Barack Obama como presidente dos EUA. "Começamos a ver a possibilidade de um acordo sobre o abismo fiscal nos Estados Unidos sendo desenhada e isso trouxe alívio aos mercados", disse Illan Besen, especialista em renda variável na Icap Corretora no Rio de Janeiro. "Ainda é cedo para dizer que o mercado vai trilhar uma sequência de alta, mas acho que no curto prazo podemos presenciar uma valorização na Bovespa em função das quedas recentes", acrescentou. Desde a reeleição de Obama no início de novembro, quando as atenções se voltaram aos riscos fiscais nos EUA, o Ibovespa acumulou queda de quase 7 por cento até o fechamento de sexta-feira. A situação europeia também seguia em foco. Investidores aguardam um encontro de líderes europeus em Bruxelas na terça-feira, quando deve ser aprovado o desembolso de 44 bilhões de euros à endividada Grécia. O principal índice europeu de ações fechou em alta de 2,25 por cento. Em Nova York, o Dow Jones subia 1,4 por cento e o S&P 500 avançava 1,68 por cento às 17h46 (horário de Brasília). Por aqui, as petroleiras impulsionaram o Ibovespa, com OGX saltando 7,47 por cento e a preferencial da Petrobras subindo 0,53 por cento. A preferencial da mineradora Vale teve alta de 1,21 por cento. Em sentido oposto, as ações preferenciais da Eletrobras --as mais negociadas da empresa-- voltaram a afundar, com queda de 15,43 por cento, a 9,81 reais. Foi a pior queda diária do papel desde 27 de outubro de 1997, para o menor preço desde julho de 2005, quando o papel também fechou cotado a 9,81 reais. Nesta segunda-feira, investidores reagiram a comentários de executivos da estatal em teleconferência e a um relatório do Barclays, que cortou drasticamente o preço-alvo para as ações da Eletrobras para 1 real. O mercado acionário paulista ficará fechado na terça-feira por feriado.

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