O Ibovespa abriu o pregão desta quinta-feira, 27, renovando sucessivas mínimas que levaram o índice a perder pontualmente o nível dos 100 mil pontos. A desaceleração do ritmo de queda coincidiu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizendo que ainda tenta incluir Estados e municípios na reforma da Previdência e que a expectativa de votação do texto na Comissão Especial é na próxima terça-feira, 2. O dólar segue trajetória de alta.
Nem mesmo a abertura positiva das Bolsas de Nova York foi capaz de reduzir o mau humor do mercado acionário local, onde todas as atenções parecem estar voltadas para o que ocorre na reta final da reforma previdenciária.
Ainda nesta manhã, líderes que estiveram reunidos com Maia disseram que a leitura do voto complementar à reforma da Previdência, que deveria ter acontecido nesta quinta, deve ser realizada na tarde da próxima terça, depois da reunião do presidente da Câmara com governadores.
Às 11h03, o Ibovespa tinha queda de 1,03%, chegando aos 99.648,29 pontos, tendo marcado a mínima de 99.599,29 pontos. O dólar à vista subia 0,60, cotado a R$ 3,8706.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse na abertura do evento Finanças Mais, do Estadão e do Broadcast, em São Paulo, que o BC tem observado sinais de escassez de dólar no mercado local. Segundo ele, essa falta de liquidez está relacionada com o crescimento do mercado de capitais. "O desempenho do real tem sido adequado este ano, não nos parece que haja demanda por risco cambial. Mas de fato tem faltado liquidez no Brasil, porque as empresas estão acessando o mercado de capitais. Está mais barato, está mais simples. O volume de recursos tem crescido bastante."