Publicidade

Ibovespa cai com renovada preocupação por crise na Europa

Por ROBERTA VILAS BOAS
Atualização:

A Bovespa encerrou esta segunda-feira em baixa, após a euforia de sexta-feira com a integração fiscal da Europa dar lugar à volta do pessimismo com a crise da dívida na região. O Ibovespa registrou queda de 1,53 por cento, a 57.346 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,8 bilhões de reais. "Esse pacote da Europa vai ser difícil de costurar", afirmou o analista Alexandre Furtado Montes, da consultoria Lopes Filho. Segundo ele, uma análise mais cuidadosa sobre o acordo tirou parte do otimismo dos mercados. "Aparecem medidas que no primeiro momento (os investidores) pensam que vai resolver, mas quando começam a analisar mais friamente vê que é complicado", explicou. Além disso, Montes considerou que dados da China divulgados no final de semana também pressionaram os negócios. O crescimento das exportações e das importações chinesas desacelerou em novembro, na evidência mais recente de redução da demanda externa e interna que tem levado Pequim a adotar uma política mais explícita de incentivo à economia. Entre as ações do índice, o setor de petróleo foi o que mais contribuiu para a queda, com a preferencial da Petrobras tendo baixa de 2,61 por cento, a 22,42 reais, e a ordinária recuando 2,87 por cento, a 24,04 reais. A ação da OGX caiu 1,37 por cento, a 14,40 reais. A preferencial da Vale também registrou queda de 1,46 por cento, a 38,55 reais. A maior queda, porém, ficou com a ação da Vanguarda (antiga Ecodiesel), de 11,32 por cento, a 0,47 reais. Na quinta-feira, a empresa informou ter acertado a venda de alguns ativos de biodiesel por 100 milhões de reais. Na outra ponta, Cemig registrou a maior alta, de 2,99 por cento, a 30,65 reais. A empresa confirmou na sexta-feira a noite uma proposta para adquirir 21,35 por cento do capital da Energias de Portugal (EDP). (Edição de Aluísio Alves)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.