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Ibovespa cai, mas tem em outubro melhor mês desde maio de 2009

Por ROBERTA VILAS BOAS
Atualização:

O principal índice da Bovespa fechou a segunda-feira em baixa, mas isso não o impediu de acumular alta de 11,5 por cento em outubro, a primeira alta mensal desde março e o melhor mês desde maio de 2009. Renovados temores sobre a crise de dívida da zona do euro, agora avivados pela Itália, fizeram o Ibovespa cair 1,97 por cento nesta sessão, a 58.338 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,03 bilhões de reais. Segundo analistas, medidas tomadas por líderes da Europa para tentar debelar a crise na região animou os mercados e influenciou na alta do mês. Mas ressaltaram que as preocupações continuam, e que após a liberação de mais uma parcela de financiamento para a Grécia, o alto endividamento da Itália passou a ser o foco das preocupações. "A Itália, depois do salvamento da Grécia, é a nova confusão, e os mercados sentiram isso", explicou o diretor da Ativa, Álvaro Bandeira. Apesar de não acreditar em uma alta na mesma intensidade da registrada em outubro, Bandeira se mantém otimista para o restante do ano. "Trabalho com um viés de alta, embora tenha esses sustos", disse. Para a chefe de gestão de fortunas da Mirae, Luciana Pazos, a alta de 2,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre também repercutiu positivamente nos mercado em outubro. Para novembro, ela avalia que as preocupações com a zona do euro seguirão presentes. "Há esperança de rali de fim de ano, mas a situação é muito séria", disse. Já o economista-sênior da CM Capital Markets, Mauricio Nakahodo, considerou que perspectivas econômicas mais longas também devem influenciar os mercado. "Com investidores mais cautelosos, a bolsa pode ficar de lado. Mas por outro lado, o Ibovespa ainda está em níveis baixos e pode ter uma melhora", opinou. Nesta segunda-feira, ações de empresas de construção foram alguns dos destaques negativos. MRV caiu 6,06 por cento, a 12,10 reais, enquanto Rossi recuou 5,65 por cento, a 10,85 reais. Entre as blue chips, as preferenciais da Vale perderam 2,11 por cento, a 40,80 reais, enquanto a da Petrobras caiu 1,2 por cento, a 21,32 reais. (Edição de Aluísio Alves)

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