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Ibovespa sobe 0,48% por Vale e bancos

Por PRISCILA JORDÃO
Atualização:

A Bovespa fechou em alta nesta quinta-feira, impulsionada por ações de bancos, após o Bradesco divulgar resultado trimestral forte, e da Vale, favorecidos por decisão judicial sobre tributação de controladas da empresa no exterior. O Ibovespa subiu 0,48 por cento, a 51.817 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais. Já na reta final, as ações preferenciais da Vale deram um repique, fechando em alta de 1,62 por cento, levantando o índice, que até então rondava a estabilidade. A alta veio após decisão da primeira turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidir, por três votos a um, que a mineradora não está obrigada a pagar imposto sobre o lucro de controladas no exterior em três países com os quais o Brasil tem acordo relacionado a bitributação. O Bradesco também foi destaque positivo, com o mercado recebendo bem o resultado da banco no primeiro trimestre, quando o lucro líquido subiu 18 por cento ante mesmo período de 2013, devido à queda na inadimplência e com despesas com pessoal controladas. Para o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala, o resultado favoreceu o rival Itaú Unibanco, cuja ação subiu 2,16 por cento. O banco divulga resultado na terça-feira. Pelas projeções de analistas obtidas pela Reuters, o Itaú deve ter resultado robusto. Gol teve avanço de 6,25 por cento, após a Abear, associação do setor aéreo, mostrou que a demanda por voos domésticos no Brasil avançou 8,9 por cento no primeiro trimestre ante igual período de 2013. A companhia divulga até segunda-feira seus resultados de tráfego de março. No sentido oposto, a preferencial da Usiminas liderou as baixa. A siderúrgica teve lucro líquido de 222 milhões de reais, o melhor desde o final de 2010, o que fez sua ação chegar a subir 2,63 por cento. Mas o movimento se inverteu, dando lugar a queda de 5,58 por cento no fechamento, após executivos da empresa terem feito projeções pouco otimistas para os preços de aço, a produção e a demanda no mercado interno no segundo trimestre. O analista Victor Penna, do BB Investimentos, considerou o resultado da Usiminas positivo, mas chamou atenção para a venda de energia, que, "por mais que gere ganhos adicionais no curto prazo, ratifica a ociosidade da capacidade instalada da companhia, cujo desempenho ainda deverá ser mais fraco no segundo trimestre com a redução no ritmo de produção das montadoras em função dos feriados e Copa do Mundo". Na mesma mão, Natura caiu 5,3 por cento. A fabricante de cosméticos divulgou queda de 6 por cento no lucro líquido trimestral, com o resultado financeiro negativo ofuscando o avanço das vendas no trimestre.

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