O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira se mantém acima dos 104 mil pontos nesta terça-feira, 16, com os bons resultados das ações mais comercializadas, as chamadas blue chips, apesar do desempenho fraco das Bolsas nos Estados Unidos.
O dólar tem alta moderada. Às 12h55, o Ibovespa subia 0,32%, chegando aos 104.138,39 pontos. Na máxima, atingiu 104.439,98 pontos. O dólar subia 0,06% aos R$ 3,7587.
Ações em alta
Construtoras que apresentaram as prévias do segundo trimestre tiveram destaque na Bolsa nesta manhã: papéis ON da MRV Engenharia se valorizavam 3,17%, da Eztec, 1,76%, e da Cyrela, 0,55%.
As ações da Vale, CSN e Bradespar (importante acionista da mineradora) têm alta de 1,35%, 2,43% e 1,60%, respectivamente, ajudadas pelo preço do minério de ferro.
Além disso, a Vale se beneficia do acordo fechado com o Ministério Público do Trabalho de Minas, que estabeleceu pagamento individual de R$ 700 mil aos parentes das vítimas da tragédia de Brumadinho.
Após divulgar seu plano estratégico para os próximos anos, os papéis PN de Oi, que chegaram a subir 3% pela manhã, reduziram os ganhos e sobem 0,10%, enquanto as ações ON caem 3,08%.
De olho no exterior
A agenda de indicadores e o noticiário domésticos estão fracos, o que faz o investidor observar mais atentamente o cenário internacional.
À tarde, o foco estará na participação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, que tem sinalizado corte de juros ainda neste mês.
Resultados que mostram a força da economia americana podem contribuir para esse corte: o Departamento do Comércio americano informou que as vendas no varejo superaram a previsão de alta, subindo 0,4% em junho, no quarto mês consecutivo de crescimento.
Otimismo com o Brasil aumenta
Segundo relatório do Bank of America Merrill Linch divulgado nesta terça, o investidor estrangeiro ficou mais otimista com o Brasil à medida em que a reforma da Previdência avançou no Congresso.
A expectativa da instituição é de bolsa com mais ganhos, real valorizado e juros menores, enquanto cresceu a aposta de uma reforma com economia fiscal de ao menos R$ 900 bilhões em dez anos.