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Ibovespa tem leve queda; risco de abismo fiscal nos EUA preocupa

Por DANIELLE ASSALVE
Atualização:

A Bovespa fechou os negócios desta quinta-feira no vermelho, com as persistentes preocupações sobre o impasse fiscal nos Estados Unidos motivando investidores adotarem tom mais cauteloso. O Ibovespa recuou 0,26 por cento, a 59.316 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,46 bilhões de reais, ante média diária de 7,2 bilhões de reais em 2012. Apesar do anúncio de uma nova rodada de estímulos monetários nos EUA na véspera, a aparente falta de progresso nas negociações sobre orçamento do país pesou nos mercados. "Novas declarações de políticos dos EUA sugerem que ainda existe um longo caminho para se chegar a um acordo sobre a situação fiscal do país", disse o economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria em São Paulo. Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, acusou o presidente Barack Obama de "levar lentamente" o país para o abismo fiscal. Já o porta-voz da Casa Branca Jay Carney afirmou que os congressistas republicanos não se mexeram em um assunto chave nas negociações para evitar o abismo fiscal, que é o aumento de impostos sobre os mais ricos dos EUA. Se democratas e republicanos não chegarem a um acordo, cerca de 600 bilhões de dólares em cortes de gastos e aumentos de impostos entrarão em vigor automaticamente no início de 2013, ameaçando jogar o país novamente em recessão. "Essa é uma barreira que está limitando o desempenho das bolsas", avaliou Campos. Em Nova York, o índice Dow Jones caía 0,33 por cento às 18h44 e o S&P 500 tinha queda de 0,41 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em baixa de 0,42 por cento. Por aqui, o Ibovespa teve mais um pregão instável --registrou alta de 0,8 por cento na máxima e queda de 0,5 por cento na mínima. O gerente de renda variável da corretora H.Commcor, Ariovaldo Santos, citou o vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira como um fator que contribui para adicionar volatilidade dos principais papéis do índice. No setor de petróleo e gás, a preferencial da Petrobras caiu 1,4 por cento, a 19,57 reais. OGX perdeu 1,1 por cento, a 4,68 reais. Já a preferencial da mineradora Vale teve alta de 0,4 por cento, a 38,53 reais. Liderando as perdas do índice, apareceu o setor de papel e celulose. Klabin e Suzano Caíram 4,7 e 3,6 por cento, respectivamente. Em sentido oposto, destaque para a empresa de bens de consumo Hypermarcas e o frigorífico JBS, que marcaram alta de 5,8 e 5,4 por cento, nesta ordem. (Edição de Aluísio Alves)

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