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IBS: capacidade da siderurgia deve dobrar até 2015

Por Alaor Barbosa
Atualização:

O setor siderúrgico brasileiro ingressou num "período virtuoso" e deverá atingir capacidade instalada de 80,6 milhões de toneladas anuais em 2015, conforme projeções divulgadas hoje pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Esse volume representa quase o dobro dos 41 milhões de toneladas/ano contabilizadas no final de 2007 e inclui também os projetos destinados à exportação, como é o caso das usinas que contam com a Vale do Rio Doce como sócia minoritária. Se forem contabilizados só os projetos voltados para o mercado interno, a nova capacidade prevista para 2015 atingirá 63,1 milhões de toneladas, prevê o IBS. Na avaliação do vice-presidente executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes, o acréscimo na produção será mais do que suficiente para suprir a demanda interna, que continuará acelerada nos próximos anos. O IBS estima que o mercado interno absorverá 39,8 milhões de toneladas/ano em 2015, mais de três vezes o consumo aparente registrado no ano passado, que somou 11,8 milhões de toneladas. O IBS contabiliza como consumo interno as vendas das siderúrgicas brasileiras no Brasil mais as importações. Em valores, o IBS prevê investimento total de US$ 45,7 bilhões no período de 2008 a 2015, dos quais US$ 27,1 bilhões serão alocados para a expansão do atual parque instalado. A entidade prevê que outros US$ 5,8 bilhões serão bancados por novos entrantes, com destaque para os projetos trazidos ao País pela Vale, como é o caso da ThyssenKrupp no Rio de Janeiro, da Baosteel no Espírito Santo, além de projetos no Ceará e Maranhão. "São basicamente projetos destinados à exportação, aproveitando o movimento de redução de produção nos países desenvolvidos e que estão sendo transferidos para os países em desenvolvimento", observou. Além desses, o IBS ainda tem informações de US$ 12,8 bilhões de outros empreendimentos.

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