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IBS eleva projeções para o aço brasileiro neste ano

Por Alaor Barbosa
Atualização:

O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) reviu, para cima, as estimativas de produção e consumo de aço no Brasil para este ano. Segundo dados divulgados hoje pela entidade, a produção de aço bruto atingirá 37,637 milhões de toneladas, com acréscimo de 11,4% sobre os 33,782 milhões observados em 2007. A estimativa anterior era de 10,8%. As vendas internas atingirão 23,248 milhões de toneladas, com aumento de 13,1%, bem acima dos 10,7% estimados inicialmente pela entidade no final do ano passado. No caso das exportações, o movimento foi o inverso. Agora o IBS prevê que as vendas externas crescerão 15,9% este ano, ante a projeção anterior de 20,7%. Em valores, o IBS prevê vendas de US$ 7,9 bilhões, com aumento de 19,7%. O consumo aparente, que afere as vendas internas e as importações, atingirão 25,050 milhões de toneladas até o final do ano, com aumento de 13,7%. O IBS está prevendo que as importações crescerão 11,5% até o final do ano, atingindo 1,8 milhão de toneladas, no valor de US$ 1,6 bilhão. O vice-presidente-executivo do IBS, Marco Polo Mello Lopes, disse que as importações observadas no setor estão sendo realizadas pelas próprias siderúrgicas, para complementar "pedidos extemporâneos" dos seus clientes. Ele deu como exemplo a importação de trilhos para ferrovias. Lopes afastou a possibilidade de faltar aço este ano no Brasil. Ele lembrou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu representantes do setor em março, para avaliar as condições de oferta de produtos siderúrgicos. "Mostramos ao ministro que a siderurgia brasileira tem plena capacidade de atender o mercado interno. O que está havendo é um deslocamento da produção que antes era destinado para as exportações para as vendas internas, mas sem gerar desabastecimento", garantiu. Além do setor siderúrgico, Mantega convocou as montadoras e os bancos, disse Lopes. A construção civil, o setor automotivo e o segmento de bens de capital têm sido os principais impulsionadores da siderurgia brasileira, segundo ele. No ano passado, o segmento de bens de capital, por exemplo, registrou aumento de 28,7% no consumo, em relação a 2006. "Isso indica um forte aumento nos investimentos das empresas", explicou. Na construção civil o aumento foi de 19,5%, e no mercado automotivo, de 14,4%. Os três segmentos respondem por 77,6% do consumo de aço no Brasil, sendo 30,0% na construção civil, 26,8% no setor automotivo e 20,8% em bens de capital.

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