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IBS: por precaução, siderurgia está investindo em energia

Por Adriana Chiarini
Atualização:

A indústria siderúrgica nacional está investindo na geração de energia própria, para se prevenir de uma escassez no futuro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). "O governo está dizendo que não vai faltar energia, mas as empresas todas estão se precavendo", afirmou hoje o presidente do IBS, Rinaldo Campos Soares. Como exemplo, ele citou que, com investimentos já em execução, a Usiminas produzirá 53% da energia que consome. Na Cosipa, disse, a idéia é chegar a gerar 50% da energia elétrica consumida pela empresa "nos próximos dois ou três anos". Soares mencionou também os investimentos da ArcelorMittal no setor. A expansão da ArcelorMittal Tubarão inaugurada na semana passada inclui um projeto de geração de energia a partir do aproveitamento total dos resíduos da nova coqueria. A empresa chega a vender energia elétrica para a Tractebel. Demanda A siderurgia brasileira possui "condições plenas de abastecer o mercado nacional", afirmou Soares, no evento de anúncio das projeções do setor para 2008. Com a entrada das expansões de produção da ArcelorMittal Tubarão, de 2,5 milhões de toneladas de aço, e da Gerdau Açominas, cujo novo alto forno já está em operação e com uma coqueria para inaugurar, a capacidade instalada para produção de aço bruto no ano que vem deve chegar a 41 milhões, de acordo com o vice-presidente executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes. O consumo aparente nacional de aço projetado pelo IBS para o ano que vem (produção menos exportação mais importação) é de 24,2 milhões de toneladas, 9,3% superior ao estimado para este ano. A projeção para este ano é de produção de 33,958 milhões de toneladas com uma capacidade instalada de 37,1 milhões de toneladas de aço. "Temos espaço para crescer e a siderurgia pode tirar parte do que vende no exterior (para vender no mercado interno", disse Soares.

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