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ICV-Dieese registra em agosto sua segunda deflação no ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese, mostrou no mês de agosto a sua segunda deflação no ano. O índice caiu 0,15%. A primeira variação negativa do ICV em 2003 ocorreu em junho, quando os gastos das famílias paulistanas recuaram 0,26% na comparação com maio. Em julho, segundo a coordenadora do ICV-Dieese, Cornélia Nogueira Porto, o Índice só não voltou a mostrar taxa negativa por causa do reajuste das tarifas de energia elétrica e telefonia. Naquele mês a variação média dos preços se elevou a 0,35%. "Desta forma, a diferença da variação de agosto, para julho, ficou em 0,50 ponto porcentual?, explicou. As quedas mais significativas em agosto foram registradas nos grupos Habitação (-0,10%), Alimentação (-0,15%), Vestuário (-1,12%) e Transportes (-0,38%). O ICV-Dieese, ao contrário do IPC-Fipe, também composto com as variações dos preços na capital paulista, fechou agosto em queda porque, em função de obedecer o critério competência, incorporou todo o impacto dos reajustes das tarifas em julho. A única alta significativa dentro do ICV foi a de 0,51% registrada pelo grupo Recreação, puxado pelo reajuste dos ingressos de teatro em 3,25%, da locação de vídeo (2,66%), entre outros. Inflação x renda A queda de 0,15% no ICV acabou beneficiando menos as famílias com menor poder de compra, segundo a divisão por estratos de renda do Dieese. Por este conceito, para as famílias com renda de R$ 377,49, consideradas as mais pobres, o ICV mostrou uma queda de 0,12%. Elas se beneficiaram mais com redução dos gastos com Habitação e alimentação. Para as famílias que se encontram o estrato intermediário, com renda mensal de R$ 934,17, o ICV representou uma queda de 0,19% nos seus gastos. Para o terceiro estrato, com renda mensal de R$ 2.792,90, a taxa de inflação em agosto ficou negativa em 0,14%.

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