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ICV do Dieese fecha 2001 em 9,42%

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice do Custo de Vida (ICV) do Dieese, em dezembro, registrou uma deflação de 0,16%. Ainda assim, o índice acumulado no ano passado foi de 9,42%, 2,21 pontos porcentuais a mais do que no ano anterior, 2000, quando a taxa acumulada ficou em 7,21. O grupo Saúde foi o que registrou a maior elevação na composição do Índice do Custo de Vida (ICV), no ano passado, com alta de 17,5%. Segundo o Dieese, o grupo foi influenciado por uma forte alta na assistência médica (23,34%), em especial, nos seguros e convênios médicos (29,69%). O grupo inclui ainda os medicamentos e produtos farmacêuticos, com elevação de 1,19%. O grupo Despesas Diversas também apresentou aumento significativo (10,78%), devido ao subgrupo Comunicação (34,22%). Ligeiramente acima da taxa média do ICV, de 9,42% em 2001, ficaram os gastos com Despesas Pessoais, de 9,75%, e Alimentação (9,53%). Segundo o Dieese, apesar de apresentarem taxas um pouco inferiores à média do ICV, a Habitação (9,21%) e os Transportes (9,07%) merecem destaque, pois incluem subgrupos que pressionaram a inflação ao longo do ano. No primeiro caso, encontram-se os gastos com operação do domicílio (14,69%), que sofreram influência de serviços públicos (16,99%) e, em especial, da eletricidade (26,70%). Este desempenho, porém, foi parcialmente compensado pelo apurado no subgrupo locação, impostos e condomínios (1,46%), devido à queda verificada nos aluguéis (-3,73%). Nos Transportes, o destaque foi para o transporte coletivo (19,78%), uma vez que o individual apresentou comportamento mais contido (5,61%). As menores taxas foram registradas em grupos como Vestuário (1,96%); Recreação (3,84%) e Equipamento Doméstico (5,09%). A redução nos preços das roupas (-0,35%) foi determinante, de acordo com o Dieese, para o resultado do Vestuário, enquanto variações menos significativas em rouparia (0,86%) e eletrodomésticos (1,86%) contribuíram para a pequena elevação do Equipamento Doméstico. Transporte e gastos domésticos prejudicaram os mais pobres Os transportes coletivos e a operação do domicílio, em especial a energia elétrica, foram determinantes para que a alta do Índice do Custo de Vida, em 2001, fosse significativa para as famílias de menor poder aquisitivo, com renda média de R$ 377,49. Segundo Cornélia Nogueira Porto, a variação acumulada chegou a 10,56% para estas famílias. Para as que estão no nível intermediário, com rendimento médio de R$ 934,17, o aumento ficou em 9,77%, enquanto para as mais ricas (renda média de R$ 2.792,90) a elevação foi de 8,99%. "Os principais aumentos de preços, principalmente de produtos e serviços administrados pelo governo e a área de saúde que praticamente não têm substitutos é mais relevante para quem ganha menos. Esse consumidores não têm como fugir dos produtos ou procurar outros equivalentes", disse.

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