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ICV/Dieese fica em -0,17% em junho

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais um indicador de preços ao consumidor mostra deflação na cidade de São Paulo em junho. O Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese, apresentou uma taxa negativa de 0,17% no reajuste de preços na rede de varejo do município. De acordo com a coordenadora do índice, Cornélia Nogueira Porto, trata-se da menor taxa de inflação registrada na capital paulista desde fevereiro de 2004, quando se apurou uma deflação de 0,18%. Na comparação com maio último, o ICV registra uma desaceleração de 0,56 ponto porcentual, de uma alta de 0,39%. As maiores quedas por grupos foram apresentadas por alimentação (- 0,73%), equipamento doméstico (-0,12%), transportes (-0,95%) e educação (-0,04%). Os movimentos de alta foram verificados nos grupos habitação (0,61%), vestuário (0,80%) e saúde (0,12%). Deflação surpreende coordenadora A coordenadora Cornélia diz ter sido pega de surpresa com a variação negativa, de 0,17% nos preços. Segundo ela, era de se esperar uma taxa menor de reajuste nos preços em junho comparativamente a maio, quando o ICV fechou em 0,39%, porque não havia em pauta nenhuma previsão de reajuste de tarifas públicas. As redução média dos preços em junho, segundo Cornélia, resultou da combinação das variações, com o impacto das elevações anulados pelos grupos em deflação. Os grupos Habitação (0,61%), Vestuário (0,80%) e Saúde (0,12%) deram uma contribuição de 0,19 ponto porcentual para a composição do ICV de junho. Estes reajustes para cima foram anulados pelas quedas de Transportes, 0,95% e Alimentação, 0,73%. Juntos, este dois grupos deram uma contribuição negativa de 0,34 ponto porcentual para o ICV. No grupo Habitação, os maiores aumentos foram feitos nos preços dos subgrupos locação, impostos e condomínio (1,35%) e operação do domicílio (0,54%). O subgrupo da conservação mostrou queda de 0,46%. No Vestuário, os preços das roupas subiram 0,75% e os dos calçados 0,97. O grupo Saúde teve sua alta puxada pelos reajustes de 0,14% da assistência médica e de 0,01 nos medicamentos e produtos farmacêuticos. Do lado das quedas, as quedas foram mostradas pela diminuição dos gastos com transportes individuais (-1,32%), álcool combustível (-9,46%) e estabilidade do transporte coletivo. Entre os alimentos, os produtos in natura e semi-elaborados (-1,74%). Os preços dos tubérculos caíram 11,98%; dos legumes, 8,69%; hortaliças, 6,88%; grãos, 1,73%; frutas, 1,56%; aves e ovos, 0,36% e carnes, 0,16%. Apenas peixes e frutos do mar (4,39%) e leite in natura (0,16%) apresentaram alta em seus preços em junho.

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