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IDV leva a Mantega temor do setor com custo Brasil

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Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ouviu de empresários ligados à indústria e ao setor varejista de eletroeletrônicos nesta segunda-feira, 17, um relatório positivo sobre o desempenho do segmento no primeiro trimestre. O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), Flávio Rocha, disse ao ministro que a única preocupação do setor está relacionada às condições macroeconômicas do País e ao aumento do custo Brasil.Rocha, que falou com a imprensa após a reunião com a Fazenda em São Paulo, disse que o IDV passou também ao ministro a prévia do Índice Antecedente de Vendas (IAV), que prevê para maio um crescimento superior a 10% das vendas de eletroeletrônicos. Esse indicador, que antecede em até 90 dias o comportamento do setor, tem forte aderência ao levantamento mensal do comércio feito pelo IBGE. Em abril, o indicador já havia superado os dois dígitos ao atingir a marca de 10,25%, deflacionado pelo IPCA. Em fevereiro, o indicador havia registrado crescimento de 6,5%, que representou uma expansão de 50% acima da média de 2013, e, em março, uma expansão de 3,5%.De acordo com Rocha, a redução do ritmo de crescimento das vendas no terceiro mês do ano se deu em decorrência do efeito calendário, com menor número de dias úteis. Para 2014, a previsão é de crescimento de 4,5%. De acordo com o presidente do IDV, o bom desempenho das vendas está atrelado à baixa taxa de desemprego e à antecipação das compras por causa da Copa do Mundo. "Os aparelhos de TV estão sendo os maiores puxadores de vendas", disse Rocha.De acordo com ele, a reunião, que contou também com participação de representantes do Magazine Luiza, Telhanorte, Grupo Pão de Açúcar (GPA) e do setor eletros, teve como objetivo passar para o ministro o andamento do desempenho do setor no trimestre. "Do ponto de vista da demanda, do consumo, o varejo tem feito a sua parte, apesar do aumento da concorrência e do custo Brasil", disse Rocha. Segundo ele, o setor não apresentou nenhuma reivindicação ao ministro Mantega, mas alertou o ministro de que o atual patamar de juros encontra-se no limite do que o setor consegue absorver e que se houver novos aumentos da Selic o varejo começará a pensar em repasse para o consumidor.

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