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IGP-10 desacelera e fica em 0,21% em outubro

O índice apresentou deflação em comparação com a alta de setembro, que havia sido de 0,36%

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de outubro subiu 0,21%, ante alta de 0,36% em setembro, segundo informação divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa entre 0,18% e 0,26%, e abaixo da mediana das expectativas, que estavam em 0,23%. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-10 de outubro. O Índice de Preços no Atacado-10 (IPA-10), que representa 60% do total do IGP-10, teve aumento 0,26% em outubro depois da alta de 0,45% em setembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10), que tem participação de 30% no total da taxa, apresentou elevação de 0,10% em outubro ante aumento de 0,22% em setembro. Já o Índice Nacional do Custo da Construção-10 (INCC-10), que representa 10% do IGP-10, teve alta de 0,14%, ante elevação de 0,16% em setembro. Até outubro, o IGP-10 acumula altas de 2,51% em 2006; e de 2,93% nos últimos 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 de outubro foi do dia 11 de setembro a 10 de outubro. Atacado Até outubro, o IPA-10 acumula elevações de 2,68% no ano e de 2,84% em 12 meses, segundo a FGV. De acordo com a Fundação, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam aumentos de 2,71% em 2006, e de 4,24% em 12 meses, no âmbito do IGP-10, até outubro. Os preços dos produtos industriais no atacado acumulam aumentos de 2,67% em 2006 e de 2,41% em 12 meses até outubro. No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais no atacado acumulam elevações de 1,28% em 2006 e de 2,17% nos últimos 12 meses até o IGP-10 de outubro. Em 2006, os preços dos bens intermediários registram aumentos acumulados de 3% e de 2,18% nos últimos 12 meses, até o IGP-10 de outubro. Por fim, os preços das matérias-primas brutas acumulam elevações de 3,93% em 2006 e de 5,11% em 12 meses, até outubro. Por produtos, as altas de preço mais expressivas no atacado, no IGP-10 de outubro, foram registradas nos preços de soja em grão, alta de 3,72%; bovinos, aumento de 3,16%; e milho em grão, que registrou alta de 4,44%. As quedas de preços mais expressivas no atacado, no IGP-10 de outubro, foram verificadas em óleos combustíveis, queda de 8%; querosene para motores, baixa de 7,84%; e álcool etílico hidratado, que apresentou queda de 3%. Varejo No varejo, o IPC-10 acumula elevações de 1,33% em 2006 e de 2,31% em 12 meses até outubro, segundo a FGV. De acordo com a Fundação, a desaceleração na taxa do IPC-10, de setembro para outubro, queda de 0,22% para 0,10%, foi causada pela deflação expressiva de preços no grupo Alimentação, que apresentaram baixa de 0,61% para -0,36%. Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-10, apenas duas registraram queda significativa de preços, no mesmo período. Além de Alimentação, é o caso de Transportes, que registrou queda de -0,01% para -0,17%. Os outros grupos registraram aceleração ou fim de deflação de preços, como Habitação, alta de 0,21% para 0,25%; Vestuário, crescimento de -0,44% para 1,05%; Saúde e Cuidados Pessoais, alta de 0,19% para 0,41%; Educação, Leitura e Recreação, aumento de 0,02% para 0,17% e Despesas Diversas, crescimento de -0,08% para 0,59%. Por produtos, as altas de preço mais expressivas, no varejo em outubro, no âmbito do IGP-10, foram registradas nos preços de taxa de água e esgoto residencial, crescimento de 2,17%; tomate, alta de 20,50%; e limão, aumento de 20,24%. Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em mamão da amazônia - papaya, queda de 45,97%; manga, baixa de 11,43% e cebola, redução de 14,11%. Construção Civil Na construção civil, o INCC-10 acumula elevações de preços de 4,40% em 2006 e de 5,11% em 12 meses até outubro.De acordo com a FGV, a desaceleração na taxa do INCC-10, de setembro para outubro, foi causada pela elevação menos intensa de preços em materiais e serviços, que tiveram redução de 0,28% para 0,20%. Por produtos, as altas de preço mais expressivas na construção civil em outubro, no âmbito do IGP-10, foram apuradas em refeição pronta no local de trabalho, aumento de 0,51%; metais para instalações hidráulicas, alta de 0,85% e perna 3x3/estronca de 3ª, crescimento de 1,06%. As quedas de preços mais expressivas foram registradas nos preços de azulejo, queda de 0,80%; elevador social e serviço, baixa de 0,28%; e impermeabilizantes, que registrou taxa de -0,41%.

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