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IGP-10 deve fechar o ano em 6%

Índice calculado pela FGV subiu 0,71% em novembro

Por Alessandra Saraiva
Atualização:

A inflação em 2007 medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) deve encerrar o ano com alta de 6%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A previsão foi baseada no resultado do IGP-10 de novembro, divulgado ontem, que subiu 0,71%, ante 1,07% em outubro, por causa da perda de força na alta de preços das commodities no atacado. Caso a previsão se confirme, será a maior taxa dos últimos dois anos - mas a quarta menor da história do índice, iniciada em 1993, perdendo apenas para as de 2005 (1,47%), de 1998 (1,65%); e de 2006 (4,04%). Até novembro, o IGP-10 subiu 5,70% no ano e 6,20% em 12 meses. O coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, não disse se a previsão de 6% também vale para os resultados dos outros indicadores pesquisados pela FGV, como o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). O economista explicou que, para o IGP-10 encerrar o ano abaixo de 6%, o resultado do indicador em dezembro precisa ser menor que 0,28%, o que, segundo ele, "não é impossível, mas muito difícil". A queda nos preços das commodities derrubou a inflação no setor atacadista (de 1,45% para 0,98%) de outubro para novembro. No varejo, os preços ao consumidor também subiram menos (de 0,27% para 0,02%) no período, com as quedas nos preços dos alimentos (-0,09%) e de tarifas - principalmente a de eletricidade residencial (-1,23%). Isso também contribuiu para reduzir ainda mais a taxa do IGP-10 de novembro. Na construção civil, os preços continuam em aceleração (de 0,49% para 0,52%), por causa, principalmente, do custo do cimento, ainda em alta (6,54%).

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