PUBLICIDADE

IGP-DI de agosto tem a maior alta desde maio de 2004

Por ALESSANDRA SARAIVA
Atualização:

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto, que avançou 1,39%, apresentou a maior taxa nesse tipo de indicador desde maio de 2004, segundo divulgou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Naquela data, o índice teve elevação de 1,46%. De acordo com a FGV, o Índice de Preços por Atacado (IPA) do mês passado, que subiu 1,96%, registrou a maior taxa desde janeiro de 2003, quando o IPA-DI avançou 2,21%. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que acelerou a +0,42% em agosto, repetiu o índice verificado em junho deste ano, e teve o maior índice nesse tipo de indicador desde março de 2007, quando o IPC-DI subiu 0,48%. Em julho, o índice acelerou a +0,28%. Já o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) do mês em análise (+0,26%) assumiu trajetória contrária à dos outros indicadores, e apresentou a menor taxa desde fevereiro de 2007, quando subiu 0,21%. Agrícolas Os preços dos produtos agrícolas no atacado tiveram aumento de 6,15% em agosto, ante elevação de 1,79% em julho. Os preços dos produtos industriais, no atacado, avançaram 0,61% frente deflação de 0,01% em julho. De acordo com a FGV, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam alta de 6,12% no ano, e registram elevação de 14,87% em 12 meses até agosto. Já os preços dos produtos industriais registram aumentos acumulados de 2,12% no ano e de 2,65% em 12 meses até agosto. Na construção civil, o INCC-DI acumula altas de 4,10% no ano e de 5,05% em 12 meses até agosto. A desaceleração na taxa do INCC-DI, de julho para agosto (de 0,31% para 0,26%), foi influenciada por elevação de preços menos intensa no segmento de materiais e serviços (de 0,40% para 0,25%), de julho para agosto. Até agosto, o IPA-DI tem ganhos acumulados de 3,10% no ano e de 5,49% em 12 meses. Varejo No varejo, o IPC-DI acumulou aumentos de 3,23% no ano e de 4,47% em 12 meses até agosto. A aceleração na taxa do IPC-DI, de julho para agosto (de 0,28% para 0,42%), segundo a FGV, foi influenciada pelo término na queda de preços do grupo Habitação (de -0,40% para 0,46%), no período. Três itens apresentaram aceleração ou baixa mais fraca de preços. Além de Habitação, é o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,34% para 0,43%); e de Vestuário (de -0,31% para -0,26%). Os outros grupos apresentaram desaceleração ou deflação mais intensa de preços, de julho para agosto. Alimentação foi um deles (de 1,26% para 0,99%), seguido por Educação, Leitura e Recreação (de 0,59% para 0,25%), Transportes (de -0,26% para -0,45%) e Despesas Diversas (de 0,59% para 0,20%). Na análise feita pela FGV sobre os produtos do varejo, o destaque de alta foi verificado em tomate (29,53%); leite tipo longa vida (5,15%); e tarifa de telefone residencial (1,44%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em mamão da amazônia - papaia (-36,11%); manga (-28,46%); e cebola (-15,53%).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.