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IGP-M aponta deflação de 0,49% na 2ª prévia do mês

Por Agencia Estado
Atualização:

A segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de agosto teve queda de 0,49%, segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em julho, a segunda prévia do IGP-M registrou taxa negativa de 0,25%. O resultado anunciado hoje ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que projetavam resultado entre -0,45% a -0,25%, e abaixo da média das expectativas (-0,39%). A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de agosto. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do total do IGP-M, caiu 0,64% ante queda de 0,48% apurada na segunda prévia de julho. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem participação de 30% na formação do IGP-M, registrou queda de 0,28% ante elevação de 0,03% apurada em igual prévia em julho. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, teve aumento de 0,03% ante alta de 0,65% em igual período em julho. Até a segunda prévia de agosto, o IGP-M acumula elevações de 0,92% no ano e de 3,60% em 12 meses. O período de coleta de preços da segunda prévia do IGP-M de agosto foi do dia 21 de julho a 10 de agosto. Produtos agrícolas Os preços dos produtos agrícolas caíram 1,25% na segunda prévia do IGP-M de agosto. Em igual prévia do mesmo indicador, os preços dos produtos agrícolas registraram queda de 0,79%. Segundo a FGV, os preços dos produtos industriais registraram queda de 0,44% ante deflação de 0,38% apurada na segunda prévia de julho. Dentro da ótica do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais registraram queda de 0,30% ante taxa negativa de 0,23% apurada em igual período em julho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram deflação de 0,81% ante queda de 0,48% na segunda prévia de julho. Por fim, os preços das matérias-primas brutas registraram queda de 0,75% ante taxa negativa de 0,81% apurada em igual período em julho. Menor resultado desde junho de 2003 A queda de 0,49% na segunda prévia do IGP-M de agosto foi o menor resultado nesse tipo de indicador desde junho de 2003, quando a segunda prévia do IGP-M caiu 0,66%. A informação é baseada em tabela contendo a série histórica do indicador, divulgada em anúncios anteriores do índice pela FGV. Pela mesma tabela é possível verificar que o IPA, que registrou queda de 0,64% na segunda prévia de agosto, teve a menor taxa desde junho desse ano, quando o índice registrou deflação de 0,90%. Já o IPC, que teve queda de 0,28% na segunda prévia de agosto, registrou o menor resultado desde setembro de 1998, quando caiu 0,57% - sendo que, em dezembro de 1998, o IPC também registrou a mesma queda (-0,28%). Por fim, o INCC, que teve alta de 0,03% na segunda prévia de agosto, apresentou o menor resultado desde dezembro de 1998, quando caiu 0,02%. Atacado O IPA acumula queda de 0,79% no ano, mas registra aumento de 2,36% em 12 meses, no âmbito da segunda prévia IGP-M de agosto. Segundo a FGV, até a segunda prévia de agosto, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam quedas de 3,15% no ano e de 5,72% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais registram queda acumulada de 0,02% no ano, mas sobem 5,30% na taxa acumulada em 12 meses. Dentro da ótica do IPA-EP, que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais registram elevações de 2,46% no ano e de 3,57% em 12 meses. Por sua vez, os preços dos bens intermediários acumulam queda de 0,28% no ano, mas apresentam aumento de 6,50% em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas registram quedas de 5,84% no ano e de 6,32% em 12 meses. Por produtos, as altas de preços mais expressivas no atacado foram apuradas em álcool etílico hidratado (4,5%); açúcar cristal ( 9,01%); e suínos (2,3%). Já as mais expressivas quedas foram observadas em ferro gusa para fundição (-9,65%); óleos combustíveis (-3,29%) e café em coco (-4,30%). Varejo No varejo, o IPC registra aumentos de 3,74% no ano e de 4,86% em 12 meses, no âmbito da segunda prévia do IGP-M de agosto. Dos sete grupos que compõem o IPC, quatro apresentaram recuo de preços na passagem da segunda prévia do IGP-M de julho para igual prévia em agosto, anunciada hoje. É o caso de Alimentação (de -0,76% para -1,19%); Habitação (de 0,52% para 0,09%); e Vestuário (de +0,37% para -1,66%); e Despesas Diversas (de 0,18% para 0,10%). Já os outros grupos apresentaram aceleração de preços, como Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,34% para 0,47%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,17% para 0,18%) e Transportes (de -0,02% para + 0,29%). Por produtos, as altas de preço mais expressivas no varejo foram apuradas em tarifa de telefone residencial - assinatura e pulsos (2,44%); plano e seguro saúde (0,93%); e passagem aérea (8,41%). Já as mais significativas quedas de preço foram registradas em mamão da amazônia - papaya (-24,86%); batata-inglesa (-13,82%); e leite tipo longa vida (-3,32%). A FGV informou ainda que, no âmbito do INCC, houve recuo de preços nos segmentos de materiais e serviços (de 0,28% para 0,06%) e mão-de-obra (de 1,07% para variação zero).

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