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IGP-M de maio registra deflação de 0,26%

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou deflação de 0,26% em maio. Trata-se da primeira deflação desde maio de 1999, quando o Índice fechou em 0,29%. O resultado do IGP-M ficou dentro do esperado pelos analistas, que apostavam em um número entre uma queda de 0,39% e uma alta de 0,04%. Com este resultado, o IGP-M acumula uma alta de 6,97% no ano e de 31,53% em 12 meses. O IGP-M é composto por outros índices de inflação. São eles: O Índice de Preços no Atacado (IPA), que registrou queda de 1,11% em maio (é a maior queda desde setembro de 1995, quando o Índice ficou em 1,58%); o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com alta de 0,83%; e o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), com alta de 2,98%. Principais razões para deflação Os principais motivos da inflação negativa no atacado em maio, segundo a FGV, foram a diminuição de preços dos combustíveis, a safra favorável e o efeito do dólar, principalmente em produtos industrializados. Um cálculo da FGV mostra que, juntos, os grupos de combustíveis, agropecuários, matérias-primas semi-elaboradas e produtos alimentares registraram deflação de 4,23% no atacado em maio. Em 12 meses, entretanto, os combustíveis (gasolina, óleo diesel, óleo combustível, querosene de aviação, GLP) registram alta de 70%. "Produtos que acumularam altas agora puxam para baixo", explicou o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros. O restante dos itens pesquisados no atacado subiu 2,39%. Há variações positivas no atacado, ainda, em bens duráveis (inflação de 0,72%), como automóveis, material de construção (0,99%) e máquinas e equipamentos (2,04%). Em comum, os três segmentos estão com variação acumulada em doze meses em torno de 25%, bem inferior ao restante dos produtos industriais, que registram alta de 40% desde junho, quando o IPA começou a subir mais intensamente. "São setores que fazem repasses ainda".

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