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IGP-M de março fica em 0,09%

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,09% em março, ante 0,06% em fevereiro, segundo informou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preço no Atacado (IPA) registrou queda de 0,14%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,33%; e o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) subiu 0,84%. IGP-M de março registrou variação menor do que o esperado pelo mercado por causa dos efeitos da queda dos produtos agrícolas no atacado e do impacto ainda nulo do reajuste dos combustíveis ocorridos na primeira quinzena do mês. No atacado, a redução nos preços dos agrícolas foi ampliada de -0,50% em fevereiro para -0,56% em março. Os destaques, neste caso, foram produtos com forte peso no IPA, como o óleo de soja (-14,68%) e arroz em casca (-11,34%). Segundo o chefe do Centro de Estudo de Preços da FGV, Paulo Sidney de Melo Cota, disse que mais uma vez os agrícolas puxaram o IGP-M para baixo como resultado da combinação entre o período de safra de alguns produtos, como o arroz, e os efeitos da queda do dólar ainda em relação a setembro do ano passado para produtos como óleo de soja. O IPC teve trajetória diferente, com aumento de 0,33%, com impacto da alta dos agrícolas, que passou de 0,57% em fevereiro para 0,69% em março. Segundo Cota, as quedas de preços de alguns produtos no atacado não têm sido repassadas com a mesma intensidade para os consumidores ou têm um peso menor no cálculo do IPC do que no IPA. Outro motivo da alta dos preços ao consumidor foram as altas temperaturas, que elevaram preços de produtos como tomate (5,85%) e cenoura (10,89%). No caso do INCC (alta de 0,84%), a variação, bem acima da de fevereiro (0,31%), ocorreu devido aos dissídios para mão-de-obra em Salvador e no Rio de Janeiro. Para abril, o IGP-M deverá registrar alta de 0,25%, ante 0,09% em março, segundo estimativa do chefe do Centro de Estudos de Preços da Fundação Getúlio Vargas, Paulo Sidney de Melo Cota. Segundo ele, os preços no atacado que estão negativos (IPA, -0,14% em março) devem atingir 0% no próximo mês, sob o impacto do ritmo menos intenso de queda dos preços dos produtos agrícolas e do reajuste este mês dos combustíveis. Segundo Cota, o IPC também deverá registrar variação maior em abril, por causa ainda do efeito dos combustíveis e do reajuste de energia elétrica, previsto para algumas capitais no período. Cota avalia que o IGP-M deverá acumular um aumento de 2% no primeiro semestre, fechando este ano com alta entre 4,5% e 5%.

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