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IGP-M fica em 0,19% na primeira prévia de outubro

Preços no atacado acumulam alta de 2,77% nos últimos 12 meses; bovinos, laranja e soja, com aumentos mais expressivos, impulsionaram o índice do atacado

Por Agencia Estado
Atualização:

A primeira prévia do Índice Geral dos Preços do Mercado (IGP-M) de outubro subiu 0,19%, ante aumento de 0,21% em igual prévia em setembro, segundo informações divulgadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,12% a 0,25%, e acima da mediana das expectativas, que eram de 0,15%. A FGV também divulgou os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de outubro. O Índice de Preços no Atacado (IPA), que representa 60% do total do IGP-M, teve elevação de 0,25% na primeira prévia de outubro, ante alta de 0,31% na primeira prévia de setembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem 30% de participação no IGP-M, registrou aumento de 0,04% na primeira prévia de outubro, ante deflação de 0,01% na primeira prévia de setembro. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do total do IGP-M, teve elevação de 0,15% ante alta de 0,06% na primeira prévia de setembro. Até a primeira prévia de outubro, o IGP-M acumula elevações de 2,44% no ano, e de 2,85% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do IGP-M de outubro foi do dia 21 a 30 de setembro. Atacado Até a primeira prévia do IGP-M de outubro, o IPA acumula elevações de 2,64% no ano e de 2,77% em 12 meses, segundo a FGV. De acordo com a Fundação, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam altas de 1,71% em 2006 e de 3,03% nos últimos 12 meses, até a primeira prévia do IGP-M de outubro. Já os preços dos produtos industriais no atacado registram aumentos acumulados de 2,93% em 2006 e de 2,69% em 12 meses. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais têm altas acumuladas de 1,13% em 2006 e de 2,33% em 12 meses até a primeira prévia do IGP-M de outubro. Já os preços dos bens intermediários acumulam elevações de 3,43% em 2006 e de 2,61% em 12 meses. Os preços das matérias-primas brutas registram aumentos acumulados de 3,09% em 2006 e de 3,67% em 12 meses. A FGV informou ainda que, por produtos, as altas de preço mais expressivas no atacado, no âmbito da primeira prévia do IGP-M de outubro, foram registradas nos preços de soja em grão, que teve alta de 3,31%; bovinos, aumento de 2,71%; e laranja, elevação de 11,46%. Já as quedas de preço mais expressivas no atacado foram registradas em querosene para motores, queda de -5,68%; mamão, baixa de -25,29%; e açúcar cristal, queda de -4,23%. Varejo No varejo, o IPC acumula elevações de 1,16% em 2006 e de 2,15% nos últimos 12 meses, até a primeira prévia do IGP-M de outubro, segundo a FGV. De acordo com a Fundação, o fim da deflação na taxa do IPC, na passagem da primeira prévia do IGP-M de setembro para igual prévia em outubro, que teve pequeno aumento de -0,01% para 0,04%, foi provocado pelo término da queda de preços, no mesmo período, em Vestuário, que teve elevação de -0,77% para 1,35%. Dos sete grupos que compõem o IPC, cinco registraram aceleração ou deflação mais fraca de preços, no mesmo período. Além de Vestuário, é o caso de Habitação, aumento de 0,12% para 0,16%; Saúde e Cuidados Pessoais, elevação de 0,03% para 0,40%; Educação, Leitura e Recreação, alta de -0,26% para -0,08%; e Despesas Diversas, acréscimo de -0,40% para 0,53%. Os outros grupos registraram desaceleração ou queda de preços expressiva, como Alimentação, queda de 0,11% para -0,47%; e Transportes, baixa de -0,01% para -0,11%. Por produtos, as altas de preço mais expressivas no atacado, no âmbito da primeira prévia do IGP-M de outubro, foram registradas em cigarro, alta de 1,92%; taxa de água e esgoto residencial, aumento de 1,07%; e plano e seguro saúde, alta de 0,71%. Já quedas mais expressivas foram apuradas em mamão da amazônia - papaya (-40,32%); manga (-9,81%); e alface (-7,03%). Construção Civil Na construção civil, o INCC acumula elevações de 4,45% em 2006 e de 5,15% nos últimos 12 meses, até a primeira prévia do IGP-M de outubro. A aceleração na taxa do INCC, segundo a FGV, na passagem da primeira prévia do IGP-M de setembro para igual prévia em outubro (de 0,06% para 0,15%) foi influenciada por acelerações de preços, no mesmo período, em materiais e serviços (de 0,12% para 0,21%) e mão-de-obra (de variação zero para 0,08%). Por produtos, as altas de preços mais expressivas na construção civil, na primeira prévia do IGP-M de outubro, foram apuradas em refeição pronta no local de trabalho (0,84%); esquadrias de alumínio (0,58%); e perna 3x3/estronca de 3ª (0,96%). Já as mais significativas quedas de preço foram registradas em impermeabilizantes (-1,29%); tábua de 3ª (-0,49%) e tubos/eletrodutos e conexão-aço/ferro galvanizado (-0,49%).

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