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IGP-M fica em 0,27% no mês, menor resultado desde julho

O resultado veio dentro das estimativas do mercado, entre 0,13% e 0,30%

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) subiu 0,27% em fevereiro, ante alta de 0,50% em janeiro. A taxa, anunciada nesta terça-feira, 27, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é a menor desde julho do ano passado, quando o IGP-M subiu 0,18%. Além disso, ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,13% e 0,30%, e acima da mediana das projeções (0,20%). Dentre os indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do total do resultado do IGP-M, teve aumento de 0,21% em fevereiro, ante elevação de 0,40% em janeiro. Essa foi a mesma taxa de elevação apurada em julho de 2006 e o menor resultado desde abril do ano passado, quando o IPA caiu 0,77% Os preços dos produtos agrícolas subiram 1,10% em fevereiro, ante alta de 0,59% no atacado em janeiro, no âmbito do IGP-M. A FGV esclareceu que, na análise por produtos, as altas de preços mais expressivas no atacado no período foram registradas nos preços de aves (8,68%), ovos (12,57%) e laranja (12,51%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em arroz em casca (-12,04%), arroz beneficiado (-11,75%) e óleos combustíveis (-3,63%). Varejo Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem participação de 30% na formação do IGP-M e mede a variação de preços no varejo, apresentou avanço de 0,43% em fevereiro, ante alta de 0,81% em janeiro. Segundo a FGV, a desaceleração na taxa do IPC, de janeiro para fevereiro (de 0,81% para 0,43%) foi influenciada por elevações menos intensas e quedas de preços em seis das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador do varejo. É o caso de alimentação (de 1,43% para 1,18%); habitação (de 0,23% para 0,07%); vestuário (de -0,44% para -2,19%); saúde e cuidados pessoais (de 0,60% para 0,27%); educação, leitura e recreação (de 1,54% para 0,67%); e transportes (de 1,42% para 0,86%). O grupo restante, despesas diversas, permaneceu com a mesma taxa de elevação de preços, de janeiro para fevereiro (0,09%). Ao analisar a movimentação de preços no âmbito dos produtos, a FGV informou que as altas de preço mais expressivas no varejo, no IGP-M de fevereiro, foram registradas em tomate (28,51%); tarifa de ônibus urbano (2,20%); e manga (33,49%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em maçã nacional (-15,30%); banana prata (-10,59%); e calça comprida feminina (-4,52%). Construção Civil O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do total do IGP-M, registrou elevação de 0,26% em fevereiro, ante aumento de 0,45% em janeiro. Para a FGV, essa é a menor taxa desde novembro do ano passado, quando o INCC subiu 0,23%. De acordo com a fundação, a desaceleração de preços no setor medida pela taxa do INCC, de janeiro para fevereiro (de 0,45% para 0,26%) foi influenciada por elevação de preços menos intensa no segmento de mão-de-obra (de 0,50% para 0,02%), no período. Na análise por produtos, a FGV informou que as altas de preço mais expressivas na construção civil, no âmbito do IGP-M, foram registradas em vale transporte (1,94%); tijolo/telha cerâmica (1,16%) e refeição pronta no local de trabalho (0,49%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em condutores elétricos fio/cabo (-1,82%); cimento (-0,09%) e massa corrida para parede - PVA (-0,51%). Até fevereiro, o IGP-M acumula elevações de 0,77% no ano e de 3,67% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de fevereiro foi do dia 21 de janeiro a 20 de fevereiro.

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