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IGP-M sobe 1,83% e tem maior alta desde dezembro de 2002

Segunda prévia de junho do índice, no entanto, fica abaixo da mediana das expectativas, de 1,96%

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

A inflação medida pela segunda prévia do IGP-M de junho subiu 1,83%, em comparação com a alta de 1,54% apurada em igual prévia do mesmo indicador em maio. Trata-se do maior resultado para uma segunda prévia desde dezembro de 2002, quando esse tipo de indicador subiu 3,26%. O resultado, porém, ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa entre 1,85% e 2,08%, e foi inferior à mediana das expectativas (1,96%). A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 20, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),   Veja também: Entenda a crise dos alimentos  Entenda os principais índices de inflação    A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de junho. O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 2,05%, ante elevação de 2,02% na segunda prévia de maio. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,78% na segunda prévia desse mês, ante elevação de 0,47% em maio. Já o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) teve avanço de 2,84%, ante aumento de 0,82% em maio.   No varejo, o grupo Alimentação avançou de 1,04% para 1,86% da segunda prévia do IGP-M de maio para igual prévia do mesmo indicador em junho. Já Habitação passou de 0,01% para 0,40%. Na primeira classe de despesa, houve acelerações de preços, ou fim de deflação, em hortaliças e legumes (1,70% para 5,79%), arroz e feijão (-0,54% para 8,53%) e carnes bovinas (1,71% para 5,37%).   As altas de preços mais expressivas foram apuradas em arroz branco (15,92%); batata-inglesa (11,96%); e cenoura (17,94%). Já as mais significativas quedas de preços foram registradas em mamão da Amazônia - papaya (-29,97%); laranja pêra (-9,49%); e cebola (-6,98%).   Até a segunda prévia de junho, o IGP-M acumula elevações de 6,66% no ano e de 13,27% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da segunda prévia do IGP-M de junho foi do dia 21 de maio a 10 de junho. O IGP-M é usado para reajustar preços de aluguel e de energia elétrica.     Atacado     Os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 2,26% na segunda prévia do IGP-M de junho, em comparação com a alta de 2,21% na prévia de maio. Já os preços dos produtos industriais no atacado tiveram avanço de 1,97%, em comparação com a alta de 1,95% em maio.   Até a segunda prévia de junho, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam aumento de 7,21% no ano e de 36,19% em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas registram alta de 10,14% no ano, e acumulam elevação de 37,23% em 12 meses, até a segunda prévia de junho.   No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), os preços das matérias-primas brutas registraram avanço de 2,24% na segunda prévia de junho, ante taxa positiva de 3,36% em maio.   Na análise da movimentação de preços entre os produtos no atacado, as altas de preço mais expressivas foram registradas em bovinos ( 6,45%); minério de ferro (10,57%); e arroz em casca (9,16%). Já as mais significativas quedas de preço, no atacado, foram apuradas em milho em grão (-6,93%); laranja (-10,86%); e óleo de soja refinado (-7,09%).

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