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IGP-M sobe forte, mas fica em linha com previsões

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Por Redação
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A inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) mais do que quadruplicou na segunda leitura de maio, em linha com o esperado, devido sobretudo a uma pressão no atacado que reflete as elevadas cotações de commodities, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Além da pressão externa, o indicador começou a captar também o recente aumento dos combustíveis domésticos, sobretudo do diesel. No varejo, por outro lado, a inflação deu sinais de desaceleração. O indicador subiu 1,54 por cento na segunda prévia deste mês, ante elevação de 0,37 por cento em igual período de abril. Na primeira leitura de maio, a alta foi de 1,36 por cento. Economistas consultados pela Reuters previam uma taxa de 1,51 por cento, segundo a mediana, com as estimativas variando de 1,47 a 1,60 por cento. Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve avanço de 2,02 por cento na segunda leitura do mês, ante alta de 0,22 por cento em igual momento de abril. O IPA agrícola subiu 2,21 por cento, seguindo a queda de 1,72 por cento na segunda leitura de abril. O IPA industrial teve aumento de 1,95 por cento, contra alta anterior de 0,98 por cento. Os principais aumentos individuais de preços no atacado foram de arroz em casca (+33,96 por cento), minério de ferro (+11,25 por cento), arroz beneficiado (+47,5 por cento), óleo diesel (5,02 por cento) e bovinos (+2,99 por cento). VAREJO DESACELERA Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu em ritmo menor, em 0,47 por cento, depois de avançar 0,63 por cento na segunda leitura de abril. O alívio veio da menor alta dos preços do grupo Alimentação, de 1,04 por cento agora ante 1,31 por cento na segunda prévia de abril, e Habitação, que subiram apenas 0,01 por cento contra elevação anterior de 0,39 por cento. As principais quedas individuais de preços no varejo foram de tarifa de energia elétrica, feijão carioquinha, banana prata, laranja-pêra e tomate. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) elevou-se em 0,82 por cento, após ter registrado variação positiva de 0,75 por cento na segunda leitura do mês passado. A maior pressão veio dos preços do aço. No ano, o IGP-M acumula alta de 4,67 por cento e nos últimos 12 meses, de 11,45 por cento. (Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Alberto Alerigi Jr.)

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